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Peru recusa entrada de imigrantes e grupo retorna à Ponte de Integração na fronteira

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Mais de 400 imigrantes, em sua maioria haitianos, tiveram de retornar à Ponte de Integração, na fronteira do Acre, na tarde desta terça-feira, 16, depois que o governo peruano recusou a entrada dos mesmos após eles terem invadido o território, ao invadir as barreiras policiais.


O país vizinho ordenou que o grupo retornasse à Ponte de Integração, onde estavam acampados há alguns dias. Ao ac24horas, autoridades informaram que não podem aceitar a passagem dos imigrantes por conta da pandemia e a falta de documentação.

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Entenda

Eles conseguiram furar uma das barreiras policiais montadas na divisa de Assis Brasil, no Acre, com o Peru no início da trade desta terça-feira (16). Houve muito tumulto, conflito e agressão física na quebra da barreira que estava montada acima da ponte de integração.


Os imigrantes seguiram rumo a Iñapari. Assim que chegaram a uma segunda barreira policial, entraram em diálogo com a polícia e houve uma negociação entre as partes. A polícia os levou até um estádio, onde abrigaria o grupo. Entretanto, os imigrantes não ficaram satisfeitos com as condições estruturais do abrigo se revoltaram, na tentativa de ultrapassar a nova barreira.


De acordo com o grupo, eles só querem atravessar o lado peruano. A situação na fronteira do Acre é de conflito e medo. Com a maior incidência de Covid-19 do Acre, o município de Assis Brasil enfrenta ainda uma onda de casos de dengue e uma crise causada por mais uma movimentação de imigrantes estrangeiros, que impedidos de deixar o país pela fronteira com o Peru se concentram na pequena cidade lotando abrigos e impondo dificuldades à administração municipal.


Desde a madrugada do último domingo, 14, por um grupo de imigrantes liderado por haitianos, na maioria, que pretende atravessar a fronteira de qualquer maneira, levou o prefeito Jerry Correia a decretar, nesta segunda-feira, 15, o estado de calamidade pública no município.


Atualmente, a prefeitura está mantendo três abrigos na cidade, um em uma escola municipal, outro no ginásio de esportes e mais um em uma casa alugada. Com a mobilização para atravessar a fronteira, permaneceram nesses locais apenas um grupo de venezuelanos e um cidadão cubano, que ao contrário dos que estão acampados na ponte, querem ficar no Brasil.


A prefeitura aguarda agora o reconhecimento do decreto de calamidade pela Assembleia Legislativa (Aleac) para a garantia do que está disposto no artigo 65 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que isenta os entes federativos de várias obrigações e prazos referentes às normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal enquanto durar a situação.


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