O cantor e dançarino Maycon Douglas Pinto de Nascimento Adão, o MC Maylon, de 21 anos, denunciou nesta quarta-feira (3) à polícia ter sido estuprado pelo vocalista do grupo de pagode Molejo, Anderson Leonardo, que em nota divulgada nesta noite negou o crime.
Segundo afirmou Maylon ao G1 nesta quarta-feira (3) à noite, o crime aconteceu em dezembro do ano passado, num hotel em Sulacap, na Zona Oeste do Rio.
“Hoje eu estou muito mais forte pra falar. [Anderson] Era um cara que eu chamava de pai, de padrinho”, contou ao G1 o cantor.
Em nota divulgada também nesta noite, em uma rede social, a assessoria de Anderson Leonardo disse “que os fatos publicados não são verdadeiros” e que “em mais de 30 anos de vida pública, jamais tivera seu nome ligado a qualquer ato criminoso ou que viesse a desabonar ou macular a sua imagem e carreira, seja de sua vida profissional ou pessoal” (confira a nota mais abaixo).
As informações do registro de ocorrência feito por Maylon na 33ª DP (Realengo) foram antecipadas pelo colunista Alessandro Lo-Bianco, do portal TV Prime, e confirmadas pela equipe de reportagem do G1.
MC Maylon, que inclusive tem uma tatuagem no antebraço do rosto de Anderson, falou que foi levado ao hotel contra a sua vontade. O cantor relatou ao G1 que havia se encontrado com o ídolo para uma reunião.
“Eu nunca tinha feito tatuagem nenhuma. A primeira foi no braço, o rosto dele [Anderson]. A gente era amigo”, lamentou.
Entretanto, depois que estavam no carro a caminho da reunião, Anderson teria mudado o destino, levando Maylon para o hotel. Lá, o cantor disse que começou a ser agredido pelo vocalista do Molejo.
“Quando entramos, ele começou a me agredir. Me deu tapa na cara. Durou uma hora e não sei quantos minutos. Eu nunca ia esperar isso dele. Quando ele penetrou em mim, senti muita dor”, declarou Maylon.
Seguindo o relato, Maylon contou que ouviu de Anderson que era um “vergonha um viado (sic) de 21 anos ser virgem” e que “pelo menos agora já sabe se é homem ou mulher”.
O sonho de Maylon, segundo contou em vídeo publicado em uma rede social, era casar virgem. “Eu queria ter me casado virgem e ele acabou com o meu sonho”, disse o cantor.
Em outro trecho do desabafo, Maylon afirmou que depois do crime passou a não usar maquiagem e reforçou ter sofrido agressões, inclusive verbais, no hotel.
“Hoje meu mundo é isso que eu vivo, sem maquiagem, eu era tão vaidoso, passava tanta maquiagem, meus amigos e amigas sabem disso. E dentro do hotel ele falou pra mim: você tem cara de puta, de prostituta, jamais achava que você era virgem com essas roupas.”
O cantor também incentivou que mulheres e homossexuais denunciem casos de abuso.
“É muito triste, mulheres, gays, não deixem ninguém fazer isso com vocês, vocês são fortes. Eu não vou deixar o Anderson Leonardo acabar com meu sonho, minha vida e minha carreira. (…) Não fiquem com medo, denunciem.”
Nota de Anderson Leonardo:
“O Cantor [Anderson Leonardo] foi surpreendido, assim como todos, com o que foi veiculado na imprensa na data de hoje, não tendo qualquer conhecimento acerca do publicado em redes sociais ou mesmo em sede policial, vez que não foi intimado para prestar quaisquer informações, pelo que, não teve nem mesmo ciência do que consta do registro de ocorrência.
Esclarece ainda que lamenta profundamente as declarações envolvendo seu nome, refutando qualquer ato de violência contra quem quer que seja, negando categoricamente à acusação completamente falsa de agressão sexual feita em seu desfavor.
Ressalta, outrossim, que em mais de 30 anos de vida pública, jamais tivera seu nome ligado a qualquer ato criminoso ou que viesse a desabonar ou macular a sua imagem e carreira, seja de sua vida profissional ou pessoal.
Informa também que conhece a suposta vítima, mas jamais praticou os atos veiculados na imprensa, inclusive, tem conhecimento que a suposta vítima já esteve presente em diversas apresentações artísticas do Cantor, em ocasiões posteriores à falaciosa alegação, o que demonstra, claramente, que a narrativa publicada nunca ocorreu.
Assim, o cantor esclarece, por meio de sua assessoria, que os fatos publicados não são verdadeiros, repudiando veementemente os profissionais que praticam o jornalismo inverídico, sensacionalista e desarrazoado.”
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