Com o governador Gladson Cameli vetando integralmente o texto da Reforma Administrativa aprovado pela Assembleia Legislativa em dezembro do ano passado, os planos para a criação da Secretaria de Governo (Segov) foram adiados pelo menos por enquanto.
A nova pasta iria substituir a Secretária de Casa Civil nas articulações institucionais e políticas e não tinha tinha titular definido ainda já que a vontade do chefe do executivo era ter o secretário de saúde, Alysson Bestene, comandando a super secretaria, mas por não ter substituto a altura na Sesacre, Cameli preferiu mantê-lo onde está.
À interlocutores, o governador já vinha dando sinais que a sanção da Reforma lhe traria mais problemas do que soluções, sem contar que ainda existia a pressão da base aliada que não estava satisfeita com o corte de mais de 300 cargos na estrutura de governo. É possível que após a vacinação contra Covid-19, um novo texto seja encaminhado o legislativo com muito mais modificações e até mesmo a criação de mais espaços na estrutura do Estado não está descartado.
O fato é que o veto fez com que um de seus principais assessores, Flávio Silva, que está comandando interinamente a Secretária de Casa Civil, deva ser efetivado no cargo, deixando de ser um “Tampão”, na ausência do ex-secretário Ribamar Trindade, que foi exonerado do cargo e logo em seguida tomou posse como Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Acre.
Silva conta com apoio de Cameli e aliados para deixar a Casa Civil mais dinâmica e leve em 2021 e tem caminho livre para deixar as articulações visando a reeleição do governador mais palpáveis em 2022.