Primeira cidade do interior do Acre a iniciar a vacinação contra a Covid-19, Sena Madureira enfrentou momentos críticos durante a pandemia, com dezenove mortes. Na tarde desta terça-feira, 19, na quadra coberta Aurino Brito, o governo do Estado, em parceria com a prefeitura, realizou o ato simbólico de imunização das primeiras pessoas. Um médico de 71 anos, um enfermeiro de 41, uma aposentada de 70 e uma auxiliar de enfermagem de 44 tomaram a dose da vacina.
No total, 203 doses foram destinadas para a cidade nesta primeira etapa e serão exclusivamente para profissionais da saúde, explica a secretária Municipal de Saúde, Nildete Lira do Nascimento. Até a próxima sexta-feira, segundo Nildete, todas as doses serão aplicadas.
Participaram do ato a secretária Adjunta de Saúde, Paula Mariano, o prefeito Mazinho Serafim, a deputada estadual Meire Serafim, o promotor de Justiça, Tales Ferreira Costa e profissionais da saúde.
A secretária adjunta destacou o esforço do governo do Estado para garantir que a vacina chegasse ao Acre e a todos os municípios simultaneamente. Lembrou a morte do pai para a doença e disse que hoje é dia para celebrar. “Gratidão, gratidão e gratidão é a palavra que explica o dia de hoje. Estamos iniciando uma nova fase, que vai com certeza trazer alívio para nossa gente”, diz.
A cidade ganhou um hospital de campanha, montado em uma parceria entre Estado e Município. Nesta terça-feira haviam cinco pessoas internadas.
Elias Antônio de Moura, 71 anos. Médico com mais de quatro décadas de profissão. Durante os primeiros meses da pandemia parou de clinicar por insistência da família, mas voltou a atender no hospital da cidade, na linha de frente de combate à doença.
“Quero dizer aqui para os idosos, igual a mim que tomem a vacina, não tenham medo porque é nela que está a nossa esperança”, conclama.
Ariane Sabóia, auxiliar de enfermagem. O irmão, o pai e um filho foram infectados pela doença, mas todos venceram a Covid. Depois de ser vacinada ela convidou a todos para rezarem o “Pai Nosso”.
Lucia Maciço Jaminawa, indígena, reside na comunidade Boca do Camarim, distante um dia de viagem da sede do município. Na aldeia dela residem cerca de 20 famílias. Lá nenhum caso de covid foi registrado.
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