Uma médica que atua no Hospital de Campanha de Covid-19 de Cruzeiro do Sul revelou que é extremamente preocupante a situação da segunda maior cidade do Acre. Além da lotação dos 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), também faltam médicos para trabalhar na unidade hospitalar.
Segundo ela, 5 médicos, incluindo o intensivista, deixaram de atuar no Hospital de Campanha depois de uma operação da Polícia Federal, no final do ano passado, que apura irregularidades em escalas de plantão.
Com relação à notícia de que o governo pretende criar mais 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva, a profissional afirma ainda que há equipamentos disponíveis sim, mas não há médicos para o atendimento nem na atual estrutura.
“O plano B para a situação atual é tentar conseguir mais médicos. Leitos o governo até libera, mas não temos mão de obra, que são os médicos”, conta. Os médicos, segundo a fonte do Ac24horas, optaram pelo desligamento do vínculo com o Hospital de Campanha e mantiveram outros.
“O que questionam na investigação da Polícia Federal é a questão do vínculos dos profissionais que fica registrado no Cadastro Nacional do Estabelecimento de Saúde – CNES. Então muitos colegas optaram por se desligar do vínculo dos plantões no Hospital de Campanha”, explica.
Nessa segunda-feira, 18, tinham 32 pacientes internados no Hospital de Campanha, sendo 22 na clínica e 10 na UTI Covid. Os pacientes eram 7 de Cruzeiro do Sul, 1 de Mâncio Lima e 2 de Tabatinga no Amazonas.
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