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Tudo são flores na lua de mel

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Luiz Calixto
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Ainda que nenhum candidato a cargo executivo expresse claramente durante campanhas eleitorais que necessitará de tempo para por “as coisas em ordem”, é quase lei a população conceder ao eleito, voluntariamente, um prazo de tolerância conhecido como “lua de mel”.


Esse período de compreensão, que varia de três a seis meses, faz parte do dito popular “no começo tudo são flores”.


Diferentemente daqueles que reclamam da herança maldita deixada pelo antecessor, o prefeito Tião Bocalom não terá de perder tempo com essa choradeira alegando que precisará colocar a casa em ordem ou que terá que trocar o pneu com o carro em movimento.

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Não há caixas-pretas a abrir.


Ao contrário. O prefeito noviço recebeu um carro bem revisado cujos faróis estão com lâmpadas novíssimas, pneus em bom estado de conservação, tanque cheio e sem pendências. Além de receber uma prefeitura “redondinha”, Tião Bocalom conta com outras vantagens: tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro, de três senadores, de todos os deputados federais e do governador Gladson Cameli, que tem declarado publicamente que fará tantas e quantas parcerias sejam necessárias.


Um exemplo desses inestimáveis apoios, já no primeiro dia útil de 2021: o senador Márcio Bittar, relator do orçamento geral da União, anunciou a liberação de de R$ 220 milhões apenas para a revitalização do igarapé São Francisco.


É muito dinheiro. Uma fortuna capaz de mudar a condição de urbanização de milhares de famílias, além do empregos decorrentes desse investimento.


Revitalizar o velho Chico significa tratar o esgoto indevidamente jogado em seu leito pelos domicílios de inúmeros bairros que o margeiam. Ou seja: com a revitalização o prefeito abaterá vários coelhos com uma cajadada só.


Se o senador Sérgio Petecão, um dos patronos da candidatura de Bocalom, foi muito atencioso com Marcos Alexandre, do PT, e Socorro Neri, do PSB, imagine as carradas de recursos que ele trará para Rio Branco, sendo a vice-prefeita Marfisa Galvão sua esposa e correligionária.


Com toda essa sustentação política não há como o projeto Produzir para Empregar dar errado, não é?


Com o escoamento da produção via ramais asfaltados, dando passagem de inverno a verão, a importação de arroz, feijão e milho (lembram?) será uma triste lembrança do passado.


Se o governador Binho Marques alimentou a promessa de fazer do Acre o melhor local da Amazônia para se viver, a julgar pelos R$ 220 milhões em caixa no primeiro dia do ano, Rio Branco, sem dúvida, finalmente será a capital mais aprazível do Norte.


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