O tempo chuvoso no Estado entre dezembro e janeiro é o período quando o Acre registra o pico dos casos de dengue. O relatório da quantidade de casos registrados no ano passado ainda não ficou pronto, mas a tendência é que haja uma diminuição em relação ao ano de 2019. Os profissionais que trabalham nas unidades de saúde contam do considerável aumento de pacientes com dengue ao longo das últimas semanas durante a pandemia de covid-19.
“A dengue tem aumentado muito. Temos atendido praticamente o mesmo quantitativo de pacientes com dengue e Covid-19. Infelizmente, essa é uma realidade que sempre acontece no Acre nessa época chuvosa”, explica o médico Fabrício Lemos.
Apesar de terem sintomas parecidos, o profissional em saúde explica que é possível analisar as diferenças entre as duas doenças. “A primeira e grande diferença é a forma de contágio. Enquanto a Covid-19 passa de uma pessoa para outra, a dengue é transmitida pela picada de um mosquito. Ou seja, a pessoa pode tá isolada em casa, que mesmo assim pode ser infectada. Os principais sintomas da dengue são a dor de cabeça, dor nos olhos, dor nas articulações e dor na coluna. Já a Covid-19 também produz dor pelo corpo, mas os sintomas iniciais são espirro, dor de garganta, tosse, falta de ar e aí sim dor pelo corpo. Na Covid não há dor ocular”, diz.
O médico alerta que o mais importante é não ficar na dúvida e procurar uma unidade de saúde o mais rápido possível. “Em todos os dois casos, se há suspeita, procurar fazer um exame o quanto antes. O que orientamos é que se faça o exame e a população nem pense em se automedicar. Infelizmente, essa é uma prática errada e que na confusão dessas duas doenças pode provocar até a morte”, garante Lemos.