O delegado titular de Xapuri, Gustavo Neves, informou na tarde desta quarta-feira, 30, que foi encerrado o inquérito policial iniciado pelo seu antecessor, Bruno Coelho Oliveira, a respeito do caso da cantora e estudante de medicina Elicaliane de Oliveira Soares, de 29 anos, encontrada morta em seu apartamento, na manhã do dia 6 deste mês.
De acordo com o delegado, a investigação policial concluiu que Caliane, como a jovem era mais conhecida, estava sozinha no momento de sua morte, não sendo encontrados indícios de que ela tenha sido vítima de uma ação de natureza criminosa. Neves afirmou que a conclusão da polícia descarta, inicialmente, a hipótese de homicídio.
“O trabalho de investigação concluiu que a vítima estava sozinha no apartamento no momento da morte, que se deu em virtude de suicídio e não por evento de natureza criminosa, restando, inicialmente, descartada a hipótese de homicídio”, diz o delegado em release enviado ao ac24horas.
O delegado Gustavo Neves também afirmou que fazem parte do conjunto de elementos que levaram a polícia a descartar a possibilidade de homicídio o resultado do laudo do exame cadavérico, assim como das análises toxicológicas e de alcoolemia que, segundo ele, foram negativas.
Quanto às perícias realizadas nos telefones celulares da jovem morta e do ex-namorado, que foi quem encontrou o corpo, o delegado optou por não dar detalhes a respeito. Segundo ele, as informações constam no inquérito que irá agora para as mãos do representante do Ministério Público Estadual.
Comoção, repercussão e dúvidas
A morte da cantora causou grande comoção em Xapuri, além de enorme repercussão nas redes sociais ganhando destaque por vários dias no programa Cidade Alerta, da Rede Record. Denúncias da família de que a garota vivia um relacionamento abusivo com o ex-namorado, João Paulo Tavares, de 24 anos, criaram um clima de tensão e expectativa na cidade em torno do caso.
Diversos testemunhos do relacionamento amoroso conturbado e os relatos da família, especialmente do pai, o ex-vereador Eliomar Soares, de que a cantora era vítima de violência física e psicológica por parte de João Paulo, junto com o fato de ter sido ele quem encontrou a jovem morta resultaram em uma atmosfera de dúvidas e desconfiança em torno do trágico caso.
Durante a investigação policial, João Paulo não falou à imprensa sobre as suspeitas que recaiam sobre ele, mas sua mãe disse ao ac24horas que acreditava na inocência do filho, afirmando, no entanto, que “se ele devesse algo à Justiça, iria pagar”. Porém, muito abalada emocionalmente, ela pediu que as pessoas não o julgassem antecipadamente.