As declarações do governador Gladson Cameli de que, caso a Reforma Administrativa que altera a estrutura do Poder Executivo não fosse analisada e aprovada nesta quinta-feira, 17, impossibilitaria a convocação de mais de 450 concursados do cadastro de reserva da Polícia Militar a partir de fevereiro de 2021, caiu como uma bomba no parlamento. Os deputados da base que pregavam a rebelião contra o governo, vendo a repercussão negativa nas redes sociais, principalmente após divulgação da reportagem de ac24horas, resolveram voltar atrás e decidiram momentos antes de iniciar a sessão recolocar a pauta da reforma em análise.
O presidente da Casa, deputado Nicolau Júnior (PP) que articulava desde o início da semana a aprovação da proposta de reforma, informou ao ac24horas que após consenso da base governista, o projeto voltou para a pauta da casa. “Chegamos a um consenso que é bom para todos”, resumiu.
Nas redes sociais, familiares dos concursados já se manifestavam negativamente contra deputados, afirmando que iriam acampar em frente da Assembleia Legislativa novamente.
Os deputados que compõem o bloco de oposição e independentes na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), mesmo antes da decisão da base, já se manifestavam favoráveis à proposta de reforma administrativa e reafirmaram que seguem à disposição para fazer a discussão ampla e democrática acerca do assunto e acrescentam que estariam disponíveis para votar a matéria até o dia 31 de dezembro.
O deputado Roberto Duarte (MDB) usou as redes sociais para afirmar que manteria a coerência sobre o assunto. “Quando o governador enviou a penúltima reforma administrativa, eu votei contra por se tratar de aumento de cargos comissionados e despesas muitas vezes desnecessárias. Nesta reforma, eu voto favorável por dois motivos. Primeiro porque desde as eleições de 2018, eu defendi e defendo o cadastro de reserva da PM e, segundo, porque reduz o número de cargos comissionados”, explicou o emedebista enfatizando que não fez nenhuma indicação para cargos comissionados; “Por isso tenho total liberdade de votar todas as matérias a favor da população”, pontuou.
Conforme ac24horas antecipou, a base do governo Gladson Cameli na Assembleia Legislativa não chegou a um acordo em relação a Reforma que corta pelo menos 200 cargos em comissão e cria a Secretaria de Governo (Segov). No entendimento dos parlamentares consultados pelo reportagem, a falta de comunicação entre Palácio Rio Branco e o legislativo foi uma dos principais motivos para que pressionassem o presidente da casa, deputado Nicolau Junior (PP) para retirar o projeto de pauta neste final de ano.
O descontentamento dos deputados ocorre após uma reunião com o governador Gladson Cameli na noite desta quarta-feira, 17, que sinalizou ao parlamento que não iria fazer qualquer mudança. Na hora que Cameli afirmou que não iria ceder, nenhum deputado governista pediu a palavra. Todos ouviram e saíram em silêncio da sala e foram apelar a Nicolau para que intermediasse um acordo para que pelo menos 100 cargos fossem mantidos, já que eles não sabiam quem seria prejudicados com a nova reforma.
Por outro lado, a equipe de governo argumenta que os deputados da base não precisam se preocupar pois todos os comissionados, após a aprovação e sanção da reforma, serão exonerados e voltarão apenas os indicados que realmente são de deputados que apoiam Gladson Cameli.
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