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Doria diz que se CoronaVac não for aprovada por “razões ideológicas e políticas”, caso será levado ao STF

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O governador de São Paulo, João Doria, durante reunião com o governador do Acre, Gladson Cameli, no Palácio Bandeirantes, revelou em conversa com o ac24horas que um consórcio de empresários paulistas juntou mais de R$ 160 milhões para construir mais uma fábrica para produzir em larga escala a vacina do Instituto Butantan, a CoronaVac. O chefe do poder executivo paulista lembrou que o governo federal investiu mais de R$ 1 bilhão na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro e no Butantan nenhum centavo.


“Estamos fazendo uma nova fábrica só para vacina. Olha a diferença, o governo federal destinou R$ 1,9 bilhão para Fiocruz. Nós não somos contra a Fiocruz. Defendemos, é uma instituição séria, importante, ligado ao governo federal, mas R$ 1 bilhão já foram destinados, já foram depositados na conta da Fiocruz e zero até agora para o Instituto Butantan. Vamos fazer uma nova fábrica vacina com R$ 162 milhões arrecadados no setor privado de São Paulo sem nenhuma contrapartida. A fábrica já está em curso, as obras começaram no dia 2 e em setembro nós entregamos a fábrica pronta”, disse o governador paulista.

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Doria enfatizou ainda que a aplicação da vacina terá que ser anual assim como ocorre com a da H1N1, também produzida pelo Butantan. “Em outubro, o Butantan começa a produzir a vacina para a nova vacinação já que teremos que fazer uma vacinação anual, todo ano vamos ter que tomar essa vacina assim como a H1N1, que aliás o Butantan é o maior produtor do Brasil e da América Latina, e o maior produtor do Hemisfério Sul do planeta”, explicou, lembrando que em fevereiro, o Instituto completa 120 anos de existência, sendo uma das instituições mais respeitadas do Brasil e no exterior. “Pela sua qualidade, pela produção de vacina. Só de H1N1 são 80 milhões de doses. Todas as doses produzidas pelo Butantan”, disse.



O governo de São Paulo aguarda que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) siga o protocolo e possa liberar a CoronaVac até o dia 15 de janeiro. A data de início da campanha de imunização que focará inicialmente os profissionais de saúde será no dia 25 de janeiro, conforme planejamento divulgado pela secretaria de saúde paulista.


Ainda durante a conversa com jornalistas, Doria teceu elogios a Gladson Cameli ao responder o questionamento do ac24horas sobre o que a população do Acre pode esperar sobre o assunto. “O que a população pode esperar no Estado do Acre é que tem um governador responsável, um governador que luta pela vida e que tem sido um exemplo no combate a covid-19. E agora mesmo acaba de solicitar, formalizar com o Instituto Butantan aquisição de vacinas da CoronaVac para atender prioritariamente neste momento, já em janeiro, no final do mês de janeiro aqueles que estão no front, os profissionais de saúde, médicos e paramédicos que são os nossos heróis salvando vidas e vão continuar salvando dos acreanos e de outros brasileiros que estão no Acre como fazemos aqui em São Paulo também. A nossa luta é pela vida e não pela vacina. Nós não estamos numa corrida pela vacina, nós estamos por uma corrida pela vida e esta corrida pela vida e que nós, governadores, estamos engajados. Os demais que queiram estar dentro dessa mesma luta pela proteção, pela vida, juntem-se a nós. O governador do Acre e o governador de São Paulo junto a 8 outros governadores já formalizaram o acordo com o Butantan para aquisição da Vacina. Não quero excluir os demais, mas são aqueles que compreendem que temos pressa. Nós perdemos quase 800 vidas todos os dias”, detalhou.


O governador de São Paulo ainda questionou o motivo do governo federal querer vacinar em março se pode acontecer de vacinar em janeiro. “Porque temos uma vacina se podemos ter várias. A vacina do Butantan, a vacina da Astrazeneca, a vacina da Pfizer, a vacina Jhonsons, outras vacinas. Desde que elas estejam dentro do protocolo internacional, das agências regulatórias, inclusive a do Brasil, vamos vacinar. Vacina, já para salvar os brasileiros já”, pontuou.



O chefe do Palácio Bandeirantes alertou ainda que o governo de São Paulo saberá reagir se por razões não científicas e sim por razões de ordem ideológica e política houver qualquer retaliação ou atraso proposital para não liberar a vacina, afirmando que o assunto poderá ser judicializado, sendo levado até mesmo ao Supremo Tribunal Federal. “|Sim necessários sim [iremos judicializar e levar ao STF]. Eu para lutar pela vida dos brasileiros de São Paulo e eu não tenho dúvida que o governador Gladson para lutar pela vida dos acreanos, nós utilizaremos todos os recursos judiciais possíveis. Nós não vamos ficar sentados assistindo a morte de brasileiros por uma capricho de um presidente da república ou pela inoperância de um Ministério da Saúde”, alfinetou.


Butantan tem capacidade de produção de 1 milhão de doses por dia

O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, que participou do encontro de governador, afirmou que a autarquia tem capacidade de produzir 1 milhão de doses por dia da vacina e que o antídoto já está sendo produzido no Brasil. “Teremos doses feitas no Brasil e doses vindo da china”, frisou o cientista, reforçando a eficácia de 95% que garantindo segurança e eficácia da vacina.


Veja a entrevista exclusiva:

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