O sistema de saúde de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves, no Vale do Juruá, pode sofrer um colapso: os 52 médicos investigados pela Policia Federal, que tiveram os salários de novembro, as contas e bens bloqueados pela justiça federal, que atuam no Hospital do Juruá e em outras duas cidades, devem pedir demissão. A maioria já oficializou o pedido de demissão e já buscam vagas em outras cidades e Estados.
Um dos médicos investigados, que prefere não se identificar, diz que a tendência é que todos os 52 investigados e sob diligência peçam para sair e busquem outras cidades e estados para atuar. “A tendência é de todos pedirem as contas em conjunto até que se resolva essa situação. Estamos com as contas bloqueadas ainda e a justiça está sendo muito lenta. Todos esses médicos especialistas são fundamentais para o funcionamento do hospital mas mesmo já estou procurando emprego em outro Estado”, cita o médico.
Entre os médicos investigados há vários especialistas como radiologista, otorrinolaringologista, cardiologista, gastroenterologista, ortopedista, cirurgião, oftalmologista, pediatra, intensivistas e psiquiatra. Entre as irregularidades investigadas estariam o acúmulo de funções com carga horária incompatível e sem a prestação serviço, envolvendo recursos do programa Mais Médicos. E há casos de médicos que não comprovaram a especialidade em que atuam.
Segundo o profissional que não quer se identificar, a investigação da Policia Federal foi feita a partir de uma escala de serviço de sobreaviso. “O sobreaviso é igual em todo o Brasil: e médico especialista não fica no hospital, mas é acionado em caso de necessidade e atende a qualquer hora. Aí verificando a escala a Policia Federal entendeu que um médico estaria ficando 24 horas de plantão por 30 dias, mas não levou em consideração que se tratava de escala especifica de sobreaviso”, explica.
Um médico clínico geral, que também não quer se identificar, alerta que só os clínicos “não vão segurar o atendimento no Hospital do Juruá em Cruzeiro do Sul e nos hospitais de Mâncio Lima e Cruzeiro do Sul. Poderemos ter um caos”, avisa.
A delegacia da Polícia Federal de Cruzeiro do Sul não se manifestou sobre o assunto. A Assessoria de Comunicação da PF diz que não se pronunciará por enquanto. O Hospital do Juruá é administrado por freiras da Associação Nossa Senhora da Saúde – Anssau, que também não se fala sobre o assunto.
Além de Cruzeiro do Sul, o Hospital do Juruá é referência para atendimento de 8 cidades: Feijó, Tarauacá, Rodrigues Alves, Mâncio Lima, Porto Walter, Marechal Thaumaturgo e Guajará no Amazonas. A maioria dos médicos que atende na unidade hospitalar, também atua no Hospital de Campanha, para pacientes com Covid-19.
Atualmente há 4.093 casos de Covid-19 no município. Não há informações sobre o número de doentes internados no Hospital de Campanha, nem de mortes ou altas. O diretor do Hospital há cerca de 15 anos, médico Marcos Lima, que fornecia relatório diário sobre os casos, foi afastado do cargo pela Justiça Federal.
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