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No mundo todo tem se falado cada vez mais em racismo e anti-racismo. O tema virou pauta principal das TV’s e jornais, a mídia mainstream encontrou nessa questão mais uma forma de, fracionando a população, impulsionar o progressismo globalista que se alimenta, principalmente, do identitarismo distribuído em pacotes numa sociedade órfã das utopias do século XX.
O assassinato de um homem negro em um supermercado de Porto Alegre, vítima do despreparo e excesso de dois dos vigilantes da Loja foi, imediatamente, sem nenhum indício, transformado em crime de racismo. Na tentativa de parir um George Floyd brasileiro, a esquerda, de cima a baixo, do Supremo Tribunal Federal – STF à ONG da esquina, se locupletou intelectualmente na mídia. Soube-se depois, tratava-se de um criminoso vulgar, agressor contumaz de mulheres e, pasmem, dado a insultos racistas. Quem diria!
O crime, abominável sob todos os aspectos, repercutiu até na ONU, onde a dona Michelle Bachelet, ex-presidente e responsável direta pela derrocada chilena e hoje assentada no alto comissariado para direitos humanos, apressou-se a declarar que o Brasil é um pais racista e precisa reconhecer-se como tal. Chegou a pedir uma investigação “independente” sobre a morte que a TV mostrou do inicio ao fim. Ela quer um “VAR” internacional sobre o pênalti no Carrefour.
Os fatos são conhecidos e indubitáveis, porque foram vistos à exaustão. Em sequência, um desentendimento entre Alberto e a funcionária, o chamado da segurança, a condução pacífica do cliente até o estacionamento, o soco do Alberto em um dos seguranças e a reação aloprada, desnecessária, estúpida e abjeta, que levou à morte do homem. Ponto. Nenhum insulto racista, nenhuma palavra, nenhum gesto atinente a um eventual racismo foi registrado ou testemunhado. Apesar disso, sendo o dia seguinte, 20 de Novembro, o dia da “Consciência Negra”, era fatal que a ocorrência fosse transformada em lastro para que da academia, dos jornalistas, dos políticos oportunistas e das celebridades vezeiras na telinha, emergisse o tal racismo “estrutural” no Brasil.
Por negar essa versão midiática, o Vice-Presidente Hamilton Mourão quase foi linchado nos telejornais. Ora, sabemos todos que o racismo no Brasil não resiste a um bom contrato num time de futebol, um hit na parada musical, uma personagem na novela, um bom emprego público, uma profissão bem remunerada, uma empresa de sucesso, enfim, todo ele se dobra à alta conta bancária e ao cartão platinum – o nosso “apartheid” é socioeconômico.
Interessante notar que quando um trabalhador negro, motorista de Uber, é assaltado e humilhado por homens negros, o racismo “estrutural” sai correndo pra gaveta do professor de história. Quando um policial negro é assassinado por traficantes negros, o racismo “estrutural” some da goela demagógica do político oportunista.
É de se perguntar por que a insistência de certos setores em lacrar o racismo “estrutural”. A resposta é simples, quase óbvia. Sendo estrutural, somente transformações estruturais na sociedade o removerão. Adivinhe quem está a postos para realizar essa revolução. Ela mesma, a esquerda “humanista”, que não consegue sequer reconhecer seus milhões de cadáveres e os fracassos históricos de todas as experiências em que se meteu desde que saiu dos livros.
O que está por trás de tudo isso é que, existindo racistas – lamentavelmente eles existem, existindo homofóbicos – eles também existem, existindo machistas – eles existem aos montes, existindo quaisquer “istas” indignos, deles se aproveitará a esquerda globalista para, generalizando a perversão de cada um, dirigir as massas contra a moral, princípios e valores conservadores que nos trouxeram até o século XXI no Ocidente.
Atentemos. Os branquelos mascarados que incendiaram o supermercado em São Paulo não se importam com o porto-alegrense Alberto. A trama que regeu a mídia nos últimos dias, colocando o Brasil como um país racista perante o mundo, é a mesma que não deu uma palavra sequer quando a mãe lésbica e a companheira, que antes o haviam castrado, mataram e esquartejaram o menino acreano Rhuan, de apenas nove anos de idade em junho do ano passado, porque o garoto não queria ser menina.
Defensora da pauta LGBT…Z, a mídia e a esquerda nela incrustada logo cuidou de defendê-la de uma generalização. Artistas, intelectuais, jornalistas, sociólogos, filósofos, e mais um tanto de especialistas de bancada de TV, sumiram para só aparecerem na próxima pauta favorável a seus interesses. Resultado: o crime só foi julgado, coincidentemente, nesta quarta-feira, no DF, quase 18 meses depois.
O que muitos não percebem é o alcance que isto pode ter em nosso meio. Palavras fazem sentido, tem força e movem pessoas, multidões, especialmente os jovens. Insuflados pela mídia, principalmente, movimentos e líderes perversos podem ser ativados e causarem danos extraordinários à sociedade. Duvidam? Olhem para a primeira metade do século XX na Europa.
A propósito, repercutem desde o dia 21/11, as declarações de Mamadou Ba, um luso-senegalês, conhecido militante anti-racista, que em uma videoconferência com ativistas brasileiras (não deixe de ver AQUI ao tempo 1:20:00 da conversa), diz textualmente que É PRECISO MATAR O HOMEM BRANCO – assassino, colonial e racista.
Hein? Peraí, Sr. Mamadou. Quem diz qual é o homem branco que deve morrer? Seria, por acaso, seu tribunal progressista? Por quais critérios? Em que limites? Não há muito subjetivismo aí na sua tipificação criminal? Quem disse que o homem branco, mesmo este a que se refere, detestável, desprezível, está à frente do latrocida, do infanticida, do matricida ou do estuprador na fila da morte?
Não, Sr. Mamadou, o Sr. não tem o direito de acusar, julgar e condenar, amparado em sua ideologia malsã, quem deve ou não sobreviver à vingança racial, seja histórica ou atual. O Sr. não tem o direito de matar nenhuma branquitude, tanto quanto não há porque matar nenhuma negritude. Creia, Wole Soyinka não calará Luís de Camões.
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