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Rumo à esquerda separa Bittar e Gladson

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O RESULTADO DA ELEIÇÃO MUNICIPAL deixou o senador Márcio Bittar (MDB) e o governador Gladson Cameli, no caminho de rompimento político. As alianças com a esquerda foram o pomo da discórdia. Entre as reclamações abertas do Bittar estão o não cumprimento de acordo pelo qual o Gladson apoiaria a candidatura do Fagner Sales (MDB) a prefeito de Cruzeiro do Sul, e a candidata do MDB a prefeita de Brasiléia, Leila Galvão (MDB). Em Cruzeiro do Sul, o apoio foi para a chapa do professor Zequinha (PP), na qual estavam o PT e o PCdoB. E, em Brasiléia, nem apareceu na campanha da Leila, o que favoreceu a candidatura da prefeita Fernanda Hassem, que é do PT. Se engajar no palanque da prefeita Socorro Neri, onde estão PDT, PSB e PV, que no plano nacional fazem oposição ao presidente Jair Bolsonaro, de quem Márcio Bittar (MDB) é um árduo defensor, também é um ponto que ajudou no seu afastamento do governador. Para fechar o pacote, Bittar diz que, se sentiu traído e confrontado ideologicamente em Mâncio Lima, onde o governador Gladson colocou um adesivo com o 13 no peito, e apoiou à reeleição o petista Isaac Lima. “Não aceito”, enfatiza. São posições de quem não me quer ao seu lado na eleição de 2022, revela um irritado Márcio Bittar (MDB). Márcio diz que vai comandar a campanha de reeleição do Bolsonaro no estado, e no seu palanque não haverá espaço para aliados de partidos de esquerda, como o PDT, PV e PSB. Bittar promete estar num palanque alternativo na eleição presidencial e na disputa do Governo e Senado, no Acre. Para mostrar o seu descontentamento, foi o primeiro a declarar apoio ao candidato  Tião Bocalon (PP); na disputa da PMRB, que não é apoiado pelo Gladson. É um nó górdio político para o governador desatar.


IBOPE CONFIRMA FAVORITISMO
A RODADA de pesquisa do IBOPE, a primeira no segundo turno, mostrou o que está na boca da população, que o candidato Tião Bocalon (PP) é amplo favorito na corrida para o segundo turno. O Bocalon apareceu com 65% das intenções de votos contra 28% da prefeita Socorro Neri (PSB). É muito voto para dar uma virada.


TESE ERRADA
SEMPRE disse aqui no espaço do BLOG que segundo turno é uma outra eleição, apenas em tese. Mas na prática é uma continuidade do primeiro turno. Quem votou no Tião Bocalon (PP) tende a votar de novo, e ainda ganhará mais votos com base nas novas alianças. O IBOPE apenas confirmou esta realidade


TERRA DE MURO BAIXO
PARA A SUA PROPOSTA de tentar reverter a derrota larga no primeiro turno para o candidato Tião Bocalon (PP), o primeiro programa eleitoral da candidata Socorro Neri (PSB) pode ser considerado bom e mais planejado politicamente. Mas erraram quando colocaram para tecer elogios á sua gestão, assessores e ex-assessores da prefeitura municipal, todas figuras conhecidas.


NÃO VAI PESAR
TANTO PARA a candidata Socorro Neri (PSB), como para o candidato Tião Bocalon (PP), o horário eleitoral não terá o dom de mexer no resultado, até porque faltam só seis programas.


EMPATIA COM ELEITOR
O QUE PODE mexer no resultado do segundo turno seria quem chegou atrás conseguir uma empatia com o eleitor que não teve no primeiro turno. Teria de haver uma reversão de 47 mil votos. Uma missão, convenhamos, muito complicada e difícil de ocorrer. O tempo é exíguo e não aconteceu nenhum fato novo.


TIRO CURTO
O QUE TORNA a eleição de segundo turno mais complicada para reverter votos é o fato de ser uma campanha de tiro curto. No domingo da próxima semana, todos voltarão às urnas para votar.


JOGO DO PODER
O TIROTEIO do primeiro turno contra a prefeita Socorro Neri (PSB) por parte dos outro seis candidatos, foi um fato natural. Porque a briga era exatamente em torno do cargo que ocupa.


NÃO SE PODE NEGAR
E DENTRO deste contexto não há como negar que foi uma briga desproporcional. Alguns candidatos entraram só para descontruir a sua imagem de boa gestora, esquecendo suas candidaturas. E, teve que passar a campanha na defesa. Faltou no caso, uma boa assessoria política na condução da campanha.


NINGUÉM PODE NEGAR
A PREFEITA Socorro Neri (PSB) cometeu muitos erros políticos, isso é inquestionável. Não se preparou politicamente para uma campanha, não se planejou para quem queria ser candidata, mas ninguém pode deixar de reconhecer que, ela foi uma gestora honesta e vai concluir este mandato sem mácula. Perder é do jogo.


OS CAMINHOS SÃO ÍNGREMES
ACONTECE é que numa campanha política, existem outros ingredientes que estão mais além do que uma boa gestão. Quando um candidato cai na graça do povo, é difícil mudar. A Socorro foi uma boa gestora, mas não foi uma boa política.


CHEIO DE EXEMPLOS
E quando um candidato cai na graça do povão, não tem máquina estatal, municipal, apoio de partido político que consiga reverter,  a tendência de votar num determinado nome. Exemplos de quem ganhou eleição majoritária sem a máquina do poder: Jorge Viana (PT), Flaviano Melo (MDB) e Gladson Cameli (PP) e etc…


DIFÍCIL, MUITO DIFÍCIL
TENHO COLOCADO neste espaço que não existe nada mais difícil na política do que a transferência de votos. Se o leitor atentar para as pesquisas, mesmo a sua candidata Socorro Neri (PSB) não tendo se saído bem no primeiro turno, a avaliação do governo e do governador sempre ficaram num patamar positivo.


MIRANDO 2022
MAS, O GOVERNADOR Gladson  vai ter que, em 2021 refazer pontes que foram quebradas com aliados na campanha municipal. Vai ter que começar por uma repactuação de cargos no poder com os partidos, onde siglas de pouca ou nenhuma expressão têm mais de cem cargos, enquanto partidos grandes ocupam pequenos espaços ou nenhum. Isso é desproporcional.


NÃO ESTAVA NO SCRIPIT
QUEM FEZ uma campanha que atropelou as pesquisas foi o prefeito eleito Delegado Sérgio Lopes (PSDB), em Epitaiolândia. Nunca foi tido favorito, mas na reta final decolou e se elegeu.


PROJEÇÃO PESSOAL
O Delegado Sérgio Lopes (PSDB) pode se jactar de ter vencido  a eleição; por conquistar a confiança do eleitorado, não teve nenhum medalhão político que tenha influenciado na sua vitória.


DERROTA DE UM CLÃ
A VITÓRIA do Delegado Sérgio Lopes (PSDB) teve o condão de derrotar o clã dos Hassem, em Epitaciolândia, comandado pelos ex-prefeitos Luiz Hassem e André Hassem, varridos da cena política nesta eleição. Acabou a hegemonia naquele município.


PASSO PARA DEPUTADO
O CANDIDATO derrotado Everton Soares (PSL), foi o segundo colocado, mas como é um nome novo na política pode ter dado um passo importante para disputar vaga na ALEAC em 2022.


APOSTANDO ERRADO
QUEM ESTÁ APOSTANDO que uma vitória do Tião Bocalon (PP) para a prefeitura de Rio Branco vai significar entupir as secretarias de afilhados está enganado, não vai jogar fora conseguir o poder fora depois de cinco derrotas seguidas.


FRASE MARCANTE
“Liberdade significa responsabilidade. É por isso que tanta gente tem medo dela”. Bernard Shaw.


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