Foto: Sérgio Vale/ac24horas
Confinado em casa desde a última terça-feira, 10, quando foi diagnosticado com Covid-19, o candidato à prefeitura de Rio Branco pelo Progressistas, Tião Bocalom, segue sem apresentar sintomas severos da doença. Aos 67 anos, ele está em sua casa, no Residencial Bouganville, sob os cuidados de sua secretária, a Dona Suzi, responsável por atender os telefonemas, e de seu motorista, o Jesus, que fica a disposição caso precise de algo.
De “chinelo” com as cores do Brasil, camisa branca e calção azul, Bocalom demonstra simplicidade em residência, onde já mora a cerca de 3 anos. Ele afirmou ao ac24horas que sentiu sintomas de uma forte gripe apenas na semana passada, mas como iniciou o tratamento protocolar do covid-19, não vem mais sentindo nenhum sintoma. “Estou bem, estou cumprindo protocolo aqui em casa. Mas é complicado, sou muito ansioso, fico andando para cima e para baixo aqui. Antes, no auge da campanha, dormia de três a quatro horas por dia. Desde terça tenho tentado descansar mais, tenho dormido umas 6 ou 7 horas agora”, informou.
Enquanto conversava com a reportagem do ac24horas, Bocalom recebeu a visita da biomédica Débora Mikhaela, enviada pelo médico Marcos Parente, para fazer o exame de acompanhamento do candidato. Ele revelou, enquanto a profissional de saúde fazia a coleta de seu sangue, que tem medo de agulha. “Rapaz, eu tenho medo de agulha. Agulha me põe medo, mas dos cabras brabos, não”, brincou o Progressista que batizou Débora de “Vampirazinha”, devido ela ter feito coleta de sangue nele em outras oportunidades.
O prefeiturável estava tão disposto que resolveu fazer uma cafezinho. Obcecado por café “meio doce, meio amargo”, Bocalom posou para as lentes do fotojornalista Sérgio Vale, fazendo café.
Com a filha e os três netos morando em Minas Gerais, cuidando de sua esposa, Dona Beth Bocalom, que está há 5 anos internada numa UTI dentro de casa devido ser portadora de uma doença degenerativa conhecida como Esclerose Lateral Amiotrófica, Bocalom afirma que a saudade é grande e estuda a possibilidade de trazer a família após as eleições. “É uma situação delicada. Minha família está em Araguari, numa região de Serra, cerca mil metros de altitude, o clima lá é mais ou menos e melhor para cuidar da minha esposa”, disse o candidato.
Afirmando que já está casado há 42 anos, Bocalom lembrou que o sonho dela era que ele ganhasse a eleição. “A Beth era uma torcedora, sempre sonhou com a nossa vitória. Se Deus nos honrar, essa vitória nas urnas será dedica a ela, pessoa com quem dividi minha vidas, meus filhos, netos e sonhos”, disse emocionado.
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