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Percentual de pobreza no Acre cresce em um ano e chega a 16,1%

Por
Edmilson Ferreira

FOTO: VALERY SHARIFULIN/ GETTY


O Acre tinha 16,1% de sua população vivendo abaixo da linha da pobreza extrema em 2019, segundo a pesquisa Síntese de Indicadores Sociais (SIS) divulgada nessa quinta-feira, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Levando em conta parâmetros criados pelo Banco Mundial, o IBGE considera em extrema pobrezas os domicílios que tem renda per capita inferior a US$1,90 PPC (paridade de poder de compra) ao dia.


No ano passado, o ac24horas produziu material sobre a pobreza no Acre (https://www.ac24horas.com/2019/11/06/15-dos-acreanos-vivem-na-extrema-pobreza-com-menos-de-r-5-ao-dia/) com base na mesma pesquisa, desta feita relacionada ao ano de 2018. Na época, o percentual da população na extrema pobreza era de 15% -ou seja, o contingente que vive com menos de US$1,90 PPC cresceu 1,1% em um ano.


“Quando se observa o nível geográfico de Unidade da Federação, para a linha internacional de pobreza, destaca-se o Maranhão com 1 em cada 5 residentes na situação de indigência pela ótica estritamente monetária, seguido de Acre (16,1%), Alagoas (15,0%), Amazonas (14,4%) e Piauí (14,0%)”, relata o IBGE, que também estudou a pobreza a partir de outro recorte, com US$5,50 PPC Pela linha de US$ 5,50 PPC.


“É importante delimitar o universo de pessoas abaixo das linhas de pobreza definidas e conhecer suas características, visando formular políticas públicas direcionadas à melhoria das suas condições de vida e a ampliação de oportunidades para viver fora da pobreza”, observa o IBGE.


Segundo a pesquisa, em nível de país o cruzamento das informações sobre sexo e cor ou raça das pessoas, foram as mulheres de cor ou raça preta ou parda que se destacaram entre os pobres: eram 28,7% da população, 39,8% dos extremamente pobres e 38,1% dos pobres. O arranjo domiciliar formado por mulheres de cor ou raça preta ou parda responsáveis, sem cônjuge e com presença de filhos menores de 14 anos, também foi aquele que concentrou a maior incidência de pobreza: 24% dos moradores desses arranjos tinham rendimento domiciliar per capita inferior a US$ 1,90 e 62,4% inferior a US$ 5,50. Por fim, verificou-se que a pobreza é maior entre as crianças, tendência observada internacionalmente. Entre aquelas até 14 anos de idade, 11,3% eram extremamente pobres e 41,7% pobres.


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Edmilson Ferreira

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