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Médico de Comitê culpa campanha por aumento de casos de Covid-19

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Um verdadeiro ‘climão’ ocorreu durante a avaliação de risco da pandemia da Covid-19 no Acre, ocorrida na manhã desta sexta-feira (13). Enquanto a maioria dos membros do Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19 rechaçava e repudiava acusações de interferências políticas na avaliação do grupo sobre a pandemia, o médico Thor Dantas, que também integra o Comitê, fez questão de afirmar que as campanhas eleitorais com aglomerações têm grande parcela de culpa no visível aumento de casos da doença pelo estado.


Alguns membros usaram boa parte da coletiva de classificação de risco para afrontar acusações de que o grupo tem cedido a possíveis interferências políticas no andamento das avaliações sobre a pandemia no estado. A coordenadora do Comitê, a farmacêutica Karolina Sabino, relatou descontentamento e repúdio a informações compartilhadas nessa semana por meio, principalmente, de redes sociais sobre intervenção política no grupo de apoio.

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“De modo nenhum deixaríamos que todo e qualquer tipo de manipulação política interferisse num momento tão importante de transparência e divulgação dos dados. Esse é um trabalho sério e exaustivo”, argumentou. O desabafo da coordenadora foi seguido pelo secretário de estado de saúde, Alysson Bestene. “Toda e qualquer interferência não foi aceita de qualquer tipo e repudio toda informação nesse sentido”.


Sabino continuou afirmando que o Comitê é íntegro. “Não permaneceríamos com intervenção política e, se tivesse, não teria necessidade de o grupo existir”. O promotor do Ministério Público do Estado, Glaucio Oshiro, disse que tais acusações são infundadas, injustas e irresponsáveis.



O médico Thor Dantas relatou nunca ter se sentido pressionado politicamente no grupo e classificou as acusações como “tensão pré-eleitoral”. “Até hoje não vi nada perto [de interferência], muito pelo contrário, uma liberdade de pensamento muito grande”.


No entanto, o profissional de saúde falou o que não havia sido comentado por nenhum de seus colegas do grupo: que o número de casos aumentando numa conjuntura de segunda onda no Acre “tem a ver, sim, com campanha política”. Segundo Dantas, a equipe, inclusive, já havia se reunido com os partidos políticos do estado para tratar sobre o assunto.


“Se a campanha política promove aglomeração, é mais um fator que promove o aumento de casos. Precisamos renovar as energias para o trabalho dessa segunda onda, assim como poder público. Estamos próximos da bandeira laranja em todo o Acre”, concluiu.


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