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90% dos bebês prematuros que nascem na Matenidade de Cruzeiro do Sul sobrevivem

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Sandra Assunção

Bebês e profissionais ganham ensaio fotográfico no mês da prematuridade – Foto: Emily Damasceno


No Hospital da Mulher e da Criança Irmã Maria Inete, localizado em Cruzeiro do Sul, 90% dos bebês que nascem prematuros sobrevivem e recebem alta médica. A média é maior que a nacional, que é de 88%.


Para comemorar o índice positivo e em alusão ao mês da prematuridade, que é comemorado em novembro, com a campanha Novembro Roxo, a equipe da Maternidade fez um ensaio fotográfico com os bebês prematuros que estão na Unidade de Terapia Intensiva neonatal. Os profissionais que cuidam das crianças também foram fotografados.


O bebê prematuro é aquele que nasce antes de 37 semanas de gestação da mãe. Atualmente, 15 prematuros estão na UTI neonatal de Cruzeiro do Sul, mas nem todos precisam desse suporte.


O objetivo das fotos, segundo a enfermeira e coordenadora de enfermagem da unidade neonatal da maternidade, Eliana Sombra de Farias, é o reconhecimento à luta pela vida do bebê prematuro e também destacar o trabalho dos profissionais de saúde, que mesmo em meio ao risco do coronavírus, seguem na luta pela causa da prematuridade.


Foto: Emily Damasceno
Foto: Emily Damasceno
Foto: Emily Damasceno
Foto: Emily Damasceno
Foto: Emily Damasceno
Foto: Emily Damasceno

“Apesar dos prematuros serem pequenos e frágeis, são gigante na sua força e luta pela vida. Somos uma UTI neonatal do interior, longe dos grandes centros, porém, nosso trabalho em equipe é também grande responsável pela recuperação de 90% de bebês prematuros, que vão para suas famílias e seus lares. O comprometimento e o amor da nossa equipe fazem toda a diferença. As pesquisas revelam que esses bebês se apegam aos profissionais, eles até já diferenciam nosso cheiro e nossa voz, então quanto mais amor colocamos no cuidado, mas seguros e fortes eles ficam”, conta Eliana.


Em Cruzeiro do Sul e demais cidades do Juruá, segundo a enfermeira Eliana, a maioria é de casos de gravidez de risco, ou de falta de cuidados durante a gestação. No geral, de acordo com Eliana, as mães estão na casa dos 20 anos. “Mas também recebemos muitas menores de idade também e percebemos que 90% são mães pobres, de ramais e seringais, que muitas vezes não tem nem roupas para seus bebês”.


Segundo o médico pediatra Rodney Brito, a maioria nasce nos meses de outubro e novembro. Vários motivos podem ocasionar um parto antes da 37 ° semana de gestação e o acompanhamento do pré-natal é a prevenção adequada. “O pré-natal é fundamental, principalmente para as mães com fatores de risco, como hipertensão , diabetes, lúpus, malária, dengue, que tomam algum tipo de medicação”, destaca o médico.


O uso de álcool e drogas por parte das mães, também podem causar nascimentos prematuros dos filhos, bem como gravidez na adolescência, bem como idade avançada da mãe, também podem ser causa de prematuridade dos filhos.



90% vão para casa

Um grande orgulho da equipe da Maternidade é a média de alta de prematuros, de 90%, ser maior que a nacional, de 88%. “E esses 10% de mortalidade, são bebês prematuros extremos, geralmente na faixa abaixo das 30 semanas, que é cientificamente a faixa que tem 90% de risco de morte quando nasce, devido a não ter todos os órgãos maduros e o sistema imune mal formado”, explica a coordenadora de enfermagem da unidade neonatal da Maternidade, Eliana Sombra de Farias.


Ela salienta que o apoio da direção da Maternidade é decisivo para a manutenção dos bons índices de alta de prematuros na unidade hospitalar. “Vamos passar pela tão sonhada reforma da nossa estrutura física graças ao empenho do governador Gladson Cameli. Estamos muito felizes com esse trabalho que salva vidas e tem o apoio do nosso diretor Rafael Gomes”, conclui, Eliana, lembrando que a fotógrafa Emily Damaceno e Catiane Uchôa, que fez os adereços, trabalharam de forma voluntária.


Foto: Emily Damasceno
Foto: Emily Damasceno
Foto: Emily Damasceno
Foto: Emily Damasceno

Prematuro

Há 3 faixas de prematuridade:


– prematuro extremo que é aquele bebê que nasce antes das 30 semanas;


– prematuro intermediário que nasce entre 31 e 33 semanas;


– e o prematuro tardio que nasce entre 34 e 37 semanas.


Nem todos os prematuros precisam de UTI neonatal. Os prematuros tardios, que nascem com 35, 36 e 37 semanas, são os que melhor se adaptam ao mundo exterior, e poucas vezes precisam de UTI neonatal.


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Sandra Assunção

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