O ex-diretor-presidente do Depasa, Zenil Chaves, deverá entrar no alvo da Polícia Civil nos próximos dias após o Ministério Público pedir que os investigadores da Delegacia de Combate à Corrupção e aos Crimes contra a Ordem Tributária e Financeira (Decor) façam diligências em relação ao ex-gestor que comandou a autarquia até março deste ano.
Zenil, que é apadrinhado do senador Márcio Bittar (MDB), assim como o também os ex-diretores Tião Fonseca e Edson Siqueira, saiu do Depasa para disputar o cargo de prefeito de Sena Madureira nas eleições deste ano, mas acabou desistindo da empreitada e hoje está nomeado em um cargo na Secretaria de Saúde.
O pedido do MP de investigação é motivado devido Zenil ter efetivado o apostilamento de um Contrato em desacordo com um Parecer Jurídico. Além disso, o parquet ministerial pede ainda uma investigação ainda mais detalhada sobre Delbar Bucar, esposa de Tião Fonseca e sócia-proprietária da Bucar Engenharia, que teria sido beneficiada com um pagamento superior a R$ 500 mil feito em tempo recorde pelo seu próprio marido que na época comandava o departamento.
Tanto Fonseca, quanto Delba e até mesmo Edson Siqueira – este diretor financeiro, foram indiciados pela Polícia Civil pelos crimes de Associação Criminosa, Falsidade Ideológico e peculato. O trio foi alvo no dia 3 de agosto da Operação “Toque de Caixa”, sendo que apenas Fonseca acabou sendo preso temporariamente.
O ac24horas apurou que a promotora Myrna Mendonza, responsável por pedir novas diligências em relação a Zenil e Delba, espera obter mais elementos comprobatórios para assim apresentar a denúncia contra os envolvidos no suposto esquema de corrupção praticado no Depasa.
A reportagem tentou entrar em contato com Zenil por meio do telefone celular, mas não obteve êxito até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto caso o ex-gestor queira se manifestar.