Foto: Divulgação
Boa parte dos espaços de memória no Acre tem sofrido com a falta de cuidado por parte do poder público. Tentamen e Casa dos Povos da Floresta são dois exemplos. Ao constatar a situação do prédio conhecido como “Casa dos Povos da Floresta”, em Rio Branco, o Ministério Público Federal (MPF) decidiu questionar os motivos do abandono à Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), órgão do
governo estadual responsável pela manutenção do local.
Segundo o procurador da República Lucas Costa Almeida Dias, que verificou o abandono do local pessoalmente, não há sequer no site da FEM qualquer menção à “Casa dos Povos da Floresta” como espaço cultural na cidade, o que demonstra ainda mais claramente o descaso com o bem público que tinha por missão a preservação e divulgação dos costumes, crenças e tradições dos povos da floresta (indígenas, ribeirinhos e seringueiros).
Além do abandono estatal, o prédio também tem sido ocupado e consequentemente depreciado por pessoas em situação de rua. Lucas Dias cobrou respostas da FEM sobre as razões para o abandono do local, bem como se há plano para revitalização ou manutenção do espaço e retorno das atividades e ainda a justificativa para não inclusão do museu no sítio eletrônico da Fundação.
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