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MP Eleitoral questiona capacidade de decidir de Giordane Dourado devido esposa trabalhar com Duarte

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Juiz nega suspeição e afirma que acha estranho posicionamento do MP Eleitoral e cita outro magistrado do TRE que tem esposa que trabalha na prefeitura


O Ministério Público Eleitoral enviou ofícios à Presidência e à Corregedoria do Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE/AC) pedindo que ambos analisem as providências cabíveis a serem tomadas com relação a fatos que podem apontar possível comprometimento da capacidade subjetiva do Juiz Eleitoral titular da 9ª Zona, Giordane Dourado.


Segundo o MP Eleitoral, é público, inclusive por meio de notícias veiculadas pela mídia local, que a esposa do magistrado, Claudia Pinho, trabalha na coordenação da campanha do candidato a prefeitura de Rio Branco pelo MDB, Roberto Duarte.

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O MP Eleitoral ressalta que não existe nenhuma informação que macule a atuação do magistrado, pelo contrário, Giordane goza de reputação de alta competência, presteza e que preza pela probidade, entretanto, os fatos veiculados detém potencial lesivo à própria imagem da Justiça Eleitoral, e por essa razão, no entendimento do procurador regional Eleitoral Vitor Hugo Caldeira Teodoro, merece avaliação por parte do TRE/AC.


O pedido de providência por parte da MP Eleitoral vem à tona após Dourado negar um direito de resposta da coligação da candidata a reeleição Socorro Neri (PSB), que se sentiu ofendida por uma vinculação negativa do programa eleitoral de Roberto Duarte.


O ac24horas procurou Dourado que afirmou não existir hipótese de suspeição sobre os seus atos. “É notório que minha mulher trabalha na campanha, mas isso jamais interferiu ou interferirá na minha decisão como magistrado. Se isso ocorresse eu seria o primeiro a me declarar suspeito, o que não ocorre. Tenho demonstrado isenção, inclusive neguei um pedido de liminar do candidato Duarte que pedia que um programa da candidata Socorro Neri fosse retirado do ar sob alegação de está usando o tempo dos candidatos a vereador”, frisou.


O magistrado estranhou o pedido do MP Eleitoral pois em pleitos passados esposas de magistrados trabalharam em governos e nunca houve nenhum tipo de questionamento. “É estranho porque se for para questionar, deveria questionar o fato da esposa do também juiz eleitoral Marcelo Carvalho, a Sawana Carvalho, trabalhar como secretária da atual prefeita, o que eu acho normal e com certeza não afeta no seu poder de decisão”, comparou, enfatizando não entender o questionamento direcionado apenas a ele e sua esposa.


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