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Mãe de jovem que desmaiou diz que Samu nega socorro a pacientes

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Desde que surgiram os primeiros casos relatados no Acre, a vida das famílias de adolescentes que tiveram reações após serem imunizadas com a vacina contra o papiloma vírus humano (HPV) se tornou uma verdadeira saga. De um lado, representantes do Ministério da Saúde, baseados em estudos, inclusive da Universidade de São Paulo (USP), atestam a eficácia da vacina. Do outro, mães que viram suas filhas saudáveis começarem a ter crises convulsivas graves, desmaios e paralisia após a vacina.


A partir do início dos casos, as mães juntaram esforços para brigar por atendimento digno às suas filhas. Com isso, as pacientes já conseguiram atendimentos e exames especializados, inclusive, fora do estado. Mesmo assim, a luta por atendimento continua. No entanto, uma nova reclamação vem de Polyanna Morais, mãe de Maria Eduarda, uma das adolescentes com sequelas após a vacina.

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Ela denuncia que ao longo da última semana, por duas vezes, teve negado transporte de sua filha para uma unidade de saúde pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). “Minha filha começou a ter crise convulsiva, com desmaio. Às vezes eu consigo controlar e em outras eu preciso ir para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Eu fiz o pedido, o SAMU veio e nesse tempo em que chegou, ela estava mais calma, já que é sempre assim, ela se acalma de 5 a 7 minutos e depois começa tudo de novo. Nesse tempo, a pessoa da ambulância ligou para a médica reguladora e ela disse que não havia necessidade de levar minha filha até a UPA”.


A mãe conta que apenas uma medicação injetável que é dada na UPA faz com que a filha se estabilize. Segundo ela, passou a noite com a filha em casa tendo convulsão. Como não houve melhora , Polyanna diz que solicitou a ambulância no dia seguinte. A mesma história se repetiu. Ela afirma que a mesma médica reguladora não autorizou a viatura levasse a filha para a UPA. “Eu disse pra médica que a medicação que o ‘neuro’ passou para a minha filha é a única que faz com que ela melhore e estabilize a dor de cabeça que ela sente. Ela me disse que se eu quisesse levar minha filha por causa de uma dor de cabeça, que eu fosse no meu carro. Eu nem carro possuo” diz.


A revolta de Polyanna é que a primeira vez em que o transporte da filha para a UPA foi negado, foi o mesmo dia em que houve uma reunião das representantes das mães com sequelas após a vacina e a direção do SAMU. “No mesmo dia a gente teve uma reunião, falaram bonito, disseram que iam nos ajudar e quando foi de noite que eu precisei, me negaram”, afirma.


O médico Pedro Pascoal, gerente do SAMU foi procurado pela reportagem. Ele confirmou que houve a reunião, mas afirma que o procedimento adotado foi correto. “Nós realmente tivemos uma reunião com representantes das mães, da Sesacre e até o promotor Glaucio, da área de saúde. Lá tratamos do fluxo de atendimento dessas pacientes. No caso da criança, não houve negligência ou falta de atendimento”.


O médico salienta que a ambulância foi enviada, mas a paciente não estava em crise convulsiva. “Era um relato de uma dor de cabeça que essa adolescente estava tendo alguns dias, sem nenhum critério de urgência. A competência do SAMU, e que muita gente fica em dúvida, é para atendimento de urgência e emergência. Quando há necessidade, existe a remoção. Mas nesse caso, como não foi identificada a necessidade de urgência é feito o procedimento normal que é de orientar a paciente. O SAMU não é um simples transporte, é um serviço de alta complexidade”, afirma.


Veja o vídeo:

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