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Região do Alto Acre tem elevação de queimadas no começo do mês de outubro

Bombeiro apaga focos de queimadas no Acre - Foto: Sérgio Vale
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Após registrar poucos focos de queimadas na última semana de setembro, o Acre voltou a registrar um número elevado de ocorrências neste começo de outubro. Apenas nos dois primeiros dias do mês vigente, o estado teve 397 focos detectados pelo satélite de referência para o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe.


Mais da metade dos registros ocorreram na regional do Alto Acre, com os municípios de Xapuri (133), Brasiléia (69) e Epitaciolândia (56) figurando entre os 10 que mais produziram focos nas últimas 48 horas. Juntos, os três municípios acumularam 258 focos de calor no período avaliado pelo Inpe. Xapuri foi o segundo colocado ficando atrás apenas de Corumbá, no Mato Grosso do Sul.


Neste ano, de 1º de janeiro a 2 de outubro, o estado do Acre acumula 7.798 focos de queimadas ocupando o oitavo lugar no ranking nacional. Nesse período, os municípios com maiores números são Feijó (1.495), Tarauacá (981), Sena Madureira (869), Rio Branco (574) e Xapuri (548).

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De acordo com Relatório de Monitoramento Queimadas da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), os municípios de Xapuri, Brasiléia, Capixaba, Epitaciolândia e Acrelândia registraram o maior número de focos por km² em seu território, ou seja, maior densidade de ocorrência em relação aos demais municípios.


Assim, esses municípios tornam-se prioritários para monitoramento e ações de combate e controle de queimadas e incêndios florestais, caso o cenário indique aumento dessa tendência.


Se comparado ao ano anterior, o acúmulo de focos de queimadas no Acre entre 1º de janeiro e 2 de outubro é 21% superior ao registrado no mesmo período de 2019, quando foram detectadas 6.409 ocorrências.


No último dia 29 de setembro, o governo federal reconheceu a situação de emergência ambiental decretada pelo governo do Acre por causa dos incêndios florestais em áreas não protegidas, com reflexo qualidade do ar, nos 22 municípios do estado.


A situação de emergência havia sido decretada no Acre no dia 1º setembro, em razão da falta de chuvas, diminuição do nível dos rios, baixa umidade relativa do ar, elevação no número de queimadas e o agravante da pandemia de covid-19.


Qualidade do ar

Nesta sexta-feira, 2 de outubro, a máxima concentração de material particulado em Rio Branco ocorreu às 18h30, com valor de 113,97 µg/m³. As leituras foram obtidas através de equipamentos de monitoramento da qualidade do ar disponibilizados pelo Grupo de Estudos e Serviços Ambientais da Universidade Federal do Acre – UFAC, parte da Rede de Monitoramento da Qualidade do Ar estabelecida pelo Ministério Público do Estado do Acre – MPAC, cujos dados podem ser acessados no sítio www.purpleair.com.


Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, o limite é de 25 µg/m3 para partículas de até 2,5 µm/m2, na média para 24 horas de exposição, e de 10 µg/m3 para média anual.


De acordo, com a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (United States Environmental Protection Agency – EPA), a concentração média de PM2.5 superiores a valores de 89 µg/m³ em 1-3 horas já são considerados nocivos a grupos de risco (pessoas com doenças respiratórias ou cardíacas, idoso e crianças).


*Com informações do Relatório de Monitoramento Queimadas e Qualidade do Ar da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).


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