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Quase 30 mil pessoas estão envolvidas em 88 áreas de conflito agrário no Acre

Em 2019, os conflitos pela posse da terra no Acre ocorreram principalmente nos municípios de Acrelândia, Acrelândia, Bujari, Rio Branco, Plácido de Castro, Senador Guiomard, Capixaba, Cruzeiro do Sul, Feijó, Manoel Urbano e Porto Walter. Segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT), 27.236 pessoas viveram ou estiveram envolvidas, ao longo do ano passado, nas 88 áreas de conflito apontadas pela organização católica.


De acordo com a CPT, em 2019 o campo brasileiro experimentou um significativo aumento de conflitos, “motivado, em boa parte, pelo incendiário e violento discurso do Governo Federal em favor dos grandes proprietários rurais e grileiros, do agronegócio, das atividades garimpeiras e madeireiras ilegais e contra os Movimentos Sociais do Campo, considerados e tratados, em particular pelo presidente Bolsonaro, como organizações delinquenciais”.


Nesse contexto, o total dos conflitos por terra atingiu 1.254 ocorrências, 12% a mais do que em 2018, que contabilizou 1.124 eventos. O documento da CPT estabelece ligação de interesses empresariais com os conflitos por água, informando que o setor de mineração está envolvido em 189 casos (39%). Hidrelétricas, por sua vez, têm conexão com 54 (11%), enquanto empresários e governos participaram, respectivamente, de 117 (36%) e 33 (7%) conflitos.


Foram registradas 40 denúncias por parte da população, dado que inclui agressões, contaminação por mercúrio, ameaças de morte, danos, humilhação, intimidação e omissão. Lançado em abril deste ano, o Relatório Conflitos no Campo 2019 traz dados sobre pessoas ameaçadas e propostas para reduzir as disputas pela posse da terra no Acre e nos demais Estados brasileiros.


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