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Jarbas é o mais rico, Bocalom é milionário, Socorro é a “mais pobre” e Duarte triplica patrimônio em 4 anos

Por
Marcos Venicios

Os sete candidatos a prefeitura de Rio Branco já protocolaram seus registros no Tribunal Regional Eleitoral do Acre. Diferente de anos anteriores, por causa da pandemia de covid-19, os registros ocorreram de forma online sem o ato ser registrado presencialmente como de costume.


Entre dados pessoais, o que mais chama atenção é a declarações de bens apresentada por cada prefeiturável e o ac24horas resolveu fazer um levantamento minucioso sobre a evolução patrimonial dos candidatos.



De acordo com levantamento, o empresário Jarbas Soster (Avante) é o mais rico de todos os candidatos registrados na disputa da cadeira prefeito pelos próximos 4 anos. Disputando um pleito eleitoral pela primeira vez, Jarbas, que tem 50 anos, tem um patrimônio declarado de cerca de R$ 6,2 milhões. Entre os bens declarados existem vários terrenos, fazendas, carros e participação societária em pelo menos 4 empreendimentos da família Soster.


Outro candidato milionário, é Tião Bocalom (Progressistas). O ex-prefeito de Acrelândia declarou à justiça eleitoral em 2020 que seu patrimônio é de R$ 1,2 milhão. Na lista de bens, existem 12 lotes urbanos avaliados em R$ 240 mil, duas áreas de terra avaliadas em R$ 800 mil, dois carros e uma casa de madeira localizada em Acrelândia. A reportagem comparou a declaração do candidato com o pleito de 2018, onde ele disputou a cadeira de deputado federal obtendo mais de 20 mil votos, mas mesmo assim não foi eleito. Nas eleições passadas, Bocalom ter penas R$ 128 mil de patrimônio, ou seja, teoricamente o os bens dos “novo Boca” cresceu quase dez vezes mais nos últimos dois anos. Numa busca detalhada, comparado os dados das eleições de 2014, onde ele disputou o cargo de governador, ele declarou ter R$ 893 mil em patrimônio, ou seja, em 4 anos, Bocalom “perdeu” quase tudo e logo em seguida recuperou.


Já o deputado Roberto Duarte (MDB), candidato a prefeitura pela MDB, apresentou em 2020 a declaração de bens de pouco mais de R$ 721 mil. O advogado de 43 anos tem uma casa no valor de R$ 400 mil, uma veículo, avaliado em R$ 118 mil, aplicações em investimentos no valor de R$ 100 mil e uma participação societária em um escritório de advocacia, um barco e um motor de popa. Comparando a declaração de Duarte com 2014, quando disputou a cadeira de vereador em Rio Branco, seu patrimônio triplicou pois naquele ano ele declarou a justiça eleitoral ter apenas R$ 225 mil em bens e em 2018, quando se candidatou a deputado estadual, declarou pouco mais de R$ 500 mil.


Outro deputado que também disputa a prefeitura de Rio Branco é Daniel Zen (PT), de 40 anos. Advogado e professor e professor da Universidade Federal declarou ter R$ 993 mil em bens, sendo divididos em dois apartamentos que juntos são avaliados em pouco mais de R$ 730 mil e os demais valores estão espalhados em aplicações financeiras. Em comparação com a declaração de bens da eleição de 2014, Zen teve um acréscimo sem seu patrimônio pois quando foi candidato a deputado estadual declarou ter 645 mil em bens.


O policial federal e pastor evangélico Jamyl Asfury (PSC) é outro que goza de um patrimônio considerável. O engenheiro de 47 anos declarou os seus bens avaliados em R$ 761 mil, sendo divididos em 4 terrenos, carros e aplicações financeiras. Na eleição de 2018, quando disputou uma cadeira para federal, Asfury declarou ter 715 mil e na disputa de 2014, quando foi candidato a deputado estadual declarou ter R$ 661 em patrimônio, apresentando nos últimos 4 anos uma evolução patrimonial modesta.


Já o tucano Minoru Kinpara, de 51 anos, declarou ao TRE Acreano ter patrimônio de R$ 731 mil, mas após uma atualização no sistema divulgaCand, a reportagem constatou a declaração de R$ 417 mil. Oficialmente, o ex-reitor da Ufac declarou ter apenas 50% de uma chácara localizada no Ipê de R$ 339 mil e um terreno no Alphaville de R$ 78 mil. Nas eleições de 2018, quando disputou uma cadeira no senado federal, Minoru declarou ter R$ 850 mil em bens, ou seja, o candidato “ficou mais pobre” em dois anos. Na eleição passada, Kinpara declarou ter 50% de uma casa na chácara Ipê de R$ 600 mil e cinco salas comerciais localizadas no calafate avaliadas em R$ 250 mil.


Candidata a reeleição pelo PSB, a prefeita de Rio Branco, Socorro Neri, 54 anos, pode ser considerada “a mais pobre” entre os prefeituráveis. Ela declarou a justiça eleitoral ter apenas R$ 350 mil em bens, sendo divididos em um carro Corolla modelo 2011 avaliado em R$ 40 mil e sua residência localizada no bairro Morada do Sol avaliada em R$ 310 mil. Em comparação com a declaração de bens das eleições de 2016, quando foi candidata a vice, Neri perdeu R$ 7 mil em patrimônio, pois naquele ano declarou os mesmos bens de hoje, porém com o Corolla valendo R$ 47 mil.


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Marcos Venicios

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