Quem contou esse evento foi o Narciso Mendes, um arquiteto político amado por muitos e odiado por outros. Num encontro no qual estavam presentes Osmir Lima, Alércio Dias (in memorian), César Messias, João Correia, Armando Dantas (in memorian) e o próprio Narciso, um destes explanou que a única possibilidade de derrotar o popularíssimo PT naquela eleição de 2000 seria unir no mesmo palanque o que parecia impossível.
Diante das feridas políticas profundas e não cicatrizadas, era improvável juntar numa mesma sala Nabor Junior, Flaviano Melo, Alércio Dias e Narciso, entre outros.
Nem Noé em sua arca, talvez, tivera tantos problemas no embarque.
Na primeira reunião daquilo que parecia impossível, por alguns minutos, todos ficaram calados, desconectados e, no máximo, conversavam amenidades.
Eis que Narciso, com seu inconfundível bordão que sempre usa pra iniciar sua fala, levantou-se e falou:
–– Meus amigos, é o seguinte: aqui todo mundo já bateu e já apanhou. Aqui todo mundo já acusou e já foi acusado. Vamos zerar o jogo.
Depois disso, surgiu o MDA, certamente a maior obra de construção política já ocorrida no Acre, cuja candidatura de Flaviano Melo, em 2000, derrotou o imbatível PT, que tinha como candidato a prefeito o professor Raimundo Angelim amparado pela potente máquina.
No momento atual alguns candidatos a prefeito, no lugar de proporem soluções compatíveis com o orçamento municipal para os inúmeros problemas da cidade, mostram apenas o antipetismo como plataforma eleitoral.
Com o PT na lama, todos os candidatos e partidos atuais querem distância do PT, embora em algum momento da história política dos últimos 20 anos, direta ou indiretamente, todos tenham algum espécie de relacionamento com o Chris, o odiado da série televisiva.
Comecemos: sem o PMDB, o PT não faria o que fez. Em nível nacional o partido foi o garantidor da governabilidade petista cobrando alto preço por isso.
Aqui no Acre, sem o PMDB, o PT não teria ressuscitado a aposentadoria de governadores tampouco aumentado o ICMS da energia e dos combustíveis.
Márcio Bittar foi assessor de Ciro Gomes no primeiro governo de Lula e o professor Evaristo de Luca, do PPS, foi secretário de administração no primeiro reinado de Jorge Viana, na cota do partido de Bittar.
Bocalom foi secretário de agricultura de Viana e Sérgio Petecão presidente da Assembleia por oito anos seguidos.
Socorro Neri é do berço tradicional do PMDB e estava no PSBD quando foi convidada para ser vice pelo PSB na chapa do PT.
Minoru foi presidente regional do PT e depois reitor da UFAC com apoio incondicional do partido.
Jamyl Asfury elegeu-se pela oposição da época e depois da posse passou a integrar a bancada governista. Não reeleito deputado, foi nomeado secretário de Habitação de Tião Viana.
Waldomiro Soster, pai de Jarbas Soster, era do PSDB e foi um dos mais animados deputados estaduais da Frente Popular e suas empresas sempre foram bem tratadas nas gestões petistas.
Eu fui eleito pela Frente Popular, com o atenuante de ter me afastado quando o PT navegava em céu de brigadeiro e poucos tinham tutano para enfrentá-lo.
Parodiando o Narciso, minha inspiração neste texto, que também esteve com o PT, sugiro: meus amigos candidatos, esqueçam o PT e apresentem suas propostas reais, sem enfeites, para a solução dos problemas da cidade. O PT em que todos já estiveram não volta mais.
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