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Vices na capital: novatos, “medalhões”, sem votos e enrolados com a justiça

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Com o prazo final das Convenções Partidárias cumprido na última quarta-feira, 18, agora cabem aos partidos registrarem seus candidatos a Prefeito, vice-prefeito e vereadores até o dia 26 de setembro. Rio Branco terá 7 candidatos ao posto de gestor municipal e existe a expectativa que mais de 600 pessoas disputem as 17 cadeiras do parlamento mirim.


Preferências à parte, existe um grupo na disputa eleitores que geralmente serve como balança de alianças e não conta muito na hora do eleitor decidir o voto: trata-se do candidato a vice. Para muitos, o 02 do posto da prefeitura é apenas uma “figura decorativa”, já em outras situações, o vice pode ser o responsável por ser o principal auxiliar do prefeito ou até mesmo ser a sua maior dor de cabeça.


Foto: ac24horas.com/Sérgio Vale

Primeira a ser definida a vice de Tião Bocalom (Progressistas) ainda ainda na fase de pré-campanha, Marfisa Galvão (PSD), de 41 anos, esposa do senador Sérgio Petecão (PSD), não é uma novata na política, inclusive já vindo a ser testada nas urnas nas eleições de 2014 quando obteve pouco mais de 17 mil votos e por pouco não se tornou deputada federal, ficando na primeira suplência do bloco de oposição. Figura cativa em eventos políticos, Marfisa chegou a assumir o posto de deputada com a renúncia de Major Rocha no final de 2020 para assumir a cadeira de vice-governador.

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Já a vice de o pastor e policial federal Jamyl Asfury, a assistente social Vanda Paula, de 40 anos, pode ser considerada a “novata” na questão política. Pertencente ao grupo de oração da esposa do candidato a prefeito, a ex-vereadora Sandra Asfury, Vanda é tida nos bastidores como uma espécie de “filha do casal” e goza de prestígio e confiança nos bastidores do PSC. Ela nunca disputou uma eleição.



Outro que também nunca disputou uma eleição é o empresário Celestino Bento, que até esta semana era presidente da Associação Comercial, mas renunciou ao cargo para se dedicar a campanha de seu cabeça de chapa, o professor e ex-reitor da Ufac, Minoru Kinpara. Bento é tido no meio empresarial como um empreendedor de sucesso no ramo de venda de pneus e peças de carro e uma liderança ativa no meio dos principais figuras empresariais do Estado.



Outro empresário que também é vice é Afonso Fernandes. Ele será o 02 da chapa do também empresário Jarbas Soster e detêm empresas no ramo das terceirizadas ao governo e também possui 30% da Natex, fábrica de camisinha em Xapuri. Fernandes sempre esteve envolto a política, sendo inclusive candidato a deputado e vereador em eleições passadas, sem obter êxito, e participou ativamente da Frente Popular do Acre onde por muito tempo chegou a ser conselheiro do ex-governador Sebastião Viana. Em 2014, Afonso foi envolvido em uma confusão ao dirigir embriagado um veículo próximo ao Pronto-Socorro de Rio Branco e dormir no volante durante uma parada no sinal. O caso gerou grande repercussão na época devido ele ser próximo ao então governador.



Tecnicamente, o vice de Daniel Zen a prefeitura de Rio Branco, o professor Claudio Ezequiel, pode se dizer que é um dos poucos que entende de gestão pública. Considerado um dos petistas históricos, Ezequiel deixou o partido para se filiar ao PSOL. Ele tem mestrado em Políticas Públicas e Serviço Social na Espanha e foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac) e passou por cargos durante as administrações petistas na capital acreana como diretor de gestão da Secretaria de Educação e também foi secretário de administração no período de 2011 a 2018. Ezequiel já foi candidato a deputado e vereador em eleições passadas e não se elegeu.



Nos bastidores da política a escolha considerada a “mais pesada” para ser vice de alguém é a ex-deputada federal Antônia Lúcia (PL). Vice de Roberto Duarte (MDB) e considerado um “medalhão” da política, a Esposa do deputado federal Silas Câmara (Republicanos-AM) e missionária evangélica responde a uma série de procedimentos na justiça eleitoral e do trabalho. Eleita deputada federal em 2010, a “Bispa” desde então não consegue reeleger a nada que se candidata e nem mesmo conseguiu eleger a filha, Gabriela Câmara, deputada estadual e vereadora. Ela está apta a ser candidata, mas já foi condenada em 2018 por improbidade e recorre da decisão nos tribunais superiores.



Um dos mais novos na política é Eduardo Ribeiro que nunca enfrentou as urnas. Advogado de 35 anos, ele é filiado ao PDT, mas suas aspirações políticas iniciaram no MDB. Ele chegou a ocupar a superintendência do Incra sob as bênçãos do deputado federal Flaviano Melo, mas acabou pedindo para sair, tanto que até mesmo se desfiliou da sigla por desentendimento interno. Filho do Conselheiro do Tribunal de Contas, Valmir Ribeiro, que é amigo pessoal do governador Gladson Cameli, Ribeiro foi a indicação do Palácio Rio Branco para que Socorro Neri tivesse o apoio da máquina estadual.

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