Quem deveria proteger, abusava. Esta é a linha de investigação da Polícia Civil, que envolve um conselheiro tutelar do município de Porto Acre. Os agentes investigam a acusação contra o conselheiro tutelar Antônio Alexandre Gomes Neto, que é acusado de suposta prática de crime sexual contra uma menor de idade.
De acordo com a denúncia, a adolescente teria 13 anos na época em que aconteceram os abusos. Na manhã desta quinta-feira, 17, o delegado titular de Porto Acre, Nilton Boscaro, cumpriu dois mandados de busca e apreensão em busca de mais provas que sirvam como elementos probatórios da acusação. “O investigado não foi localizado em nenhum dos dois lugares que estivemos e foi intimado por meio de familiares para comparecer”, afirmou.
Um aspecto que contribuiu para a demora na investigação foi o fato de que algumas testemunhas estavam no estado de Rondônia e foram ouvidas por meio de Carta Precatória. “Isso atrapalhou o trabalho investigativo. Tivemos que fazer essa parceria com a polícia civil do estado vizinho, mas eram depoimentos imprescindíveis para o caso”, explica.
O acusado é aguardado para prestar depoimento nesta sexta-feira, 18, e a partir daí o delegado deve decidir pelo indiciamento ou não de Antônio. Esta não é a primeira história que envolve o conselheiro tutelar. Em 2017, outro caso teria ocorrido, conforme depoimentos prestados ao Ministério Público pelos conselheiros tutelares de Porto Acre Thiago Lopes Bayma, Regiane Lopes de Lima e Anderson Diego Brilhante da Fonseca, no mês de novembro daquele ano.
Os conselheiros afirmaram que tinham recebido diversas denúncias em relação ao envolvimento sexual da menor de idade, V. R. S. S, que tinha 13 anos na época do ocorrido, com um homem, maior de idade, que de acordo com a denúncia ao MP, já era conhecido dos conselheiros por manter relações com menores de idade.
O então presidente do Conselho Tutelar, Antônio Alexandre Gomes Neto, é acusado de passar de carro para buscar a menor em casa e levá-la à instituição, o que não é prática comum de um conselheiro. A avó da menor, confirmou que Antônio ligava e pedia para aprontá-la. Acontece que, de acordo com os depoimentos, o presidente do Conselho Tutelar não deu encaminhamento às denúncias contra o acusado. Em parte do depoimento ao Ministério Público há a seguinte declaração: “a conselheira Regiane Lopes de Lima recebeu uma ligação restrita em seu celular, e, ao ativar o viva-voz, todos puderam ouvir que a denunciante anônima requereu providências relativas ao caso da V. R. S. S. que encontrar-se-ia grávida em uma chácara no município de Porto Acre, juntamente com sua avó Marlúcia Almeida da Silva, e que o acusado fizera um acordo com o presidente do Conselho Tutelar, Antônio Alexandre Gomes Neto, para arquivar o caso, posto que se fosse preso, o conselheiro iria ser preso também pelo seu envolvimento com a referida menor de idade”.
Em relação a este caso, o delegado Nilton Boscaro afirma que é precoce fazer qualquer juízo, já que a menor negou que tenha mantido relação sexual com o acusado. “Estamos investigando, mas o que temos por enquanto é uma negativa por parte da adolescente. Não descartamos, mas precisamos colher elementos concretos para fazer qualquer tipo de denúncia”, explica.
O ac24horas fez diversas tentativas de falar com Antônio, mas não obteve sucesso. O espaço está à disposição, caso o mesmo queira se pronunciar sobre as acusações.
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