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Ninguém me ama, ninguém me quer

Por
Luiz Calixto

Depois de 20 anos, o PT vai disputar a eleição com apenas um partido coligado, o PSOL, que comporá a chapa do deputado Daniel Zen como vice. E, ao que parece, na base do “se não tem outro, vai tu mesmo”.


Ao menor resquício de chance de vitória, um partido como o PSOL sequer apareceria na foto.


Até o PCdoB, aliado histórico dos companheiros em todas as eleições desde 1998, não quis arriscar má companhia petista, embora seja impossível esconder sociedade preferencial dele no consórcio da falida coligação Frente Popular do Acre.


No entanto, não é improvável que os petistas aceitem os comunistas de volta ao ninho depois do chega pra lá que foi dado pela coligação de apoio à candidata Socorro Neri.


Pode até parecer simples, mas a exclusão dos camaradas na coligação do PSB jogou um balde água fria no discurso chulo e sem conteúdo dos candidatos bolsonaristas, cuja estratégia será federalizar uma disputa na qual o povo está, de fato, interessado em saber se os candidatos têm soluções factíveis a apresentar para os problemas municipais.


Iguais a um papagaio falador, esses postulantes à prefeitura apenas repetem um suposto risco comunista, como se esses partidos não tivessem somente meia dúzia de representante no parlamento.


Fanáticos seguidores, esses candidatos esquecem que o país tem quase 6.000 cidades cheias de problemas no transporte coletivo, na limpeza pública, na atenção básica da saúde, na educação fundamental, entre os inúmeros.


Nesse sentido vender ao eleitorado facilidades, alegando a amizade e o acesso que estes não têm ao presidente, não resolverá nenhum destes desafios por uma razão muito simples: o presidente não pode adotar uma cidade em detrimentos de outras milhares.


Bobagem será a tentativa de abordar temas e soluções cuja competência esteja fora do alcance municipal.


Fato é que a situação mais difícil é a do PT: não há, ainda, discurso capaz de disfarçar as rugas de intolerância e malfeitos criados nas duas décadas que o partido pintou, bordou e abusou.


O bordão “ Si hay gobierno, soy contra” foi automaticamente adaptado por parcela majoritária da população para “se há PT, sou contra”.



Luiz Calixto escreve todas às quartas-feiras no ac24horas. 


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