Casa da Noca ou casa da Mãe-Joana são expressões da língua portuguesa. Suas origens remontam ao século XIV e significam o lugar ou situação em que vale tudo, sem ordem, onde predomina a confusão, a balbúrdia e a desorganização. Pois esse é cenário eleitoral-partidário-ideológico dessas eleições que ninguém consegue compreender e que é único no mundo. Proibiram as coligações proporcionais, mas permitiram as majoritárias, o que vemos é o resultado dessa lambança.
Fosse o prefeito Odorico Paraguaçu, na fictícia Sucupira, novela de Dias Gomes “O Bem Amado e os Mistérios da Vida e da Morte”, diria que, “Direitistas, esquerdistas, socialistas, fascista, catolicistas, protestantistas, espiritistas, macumbistas e comunistas juramentados” se juntaram nesse caldeirão eleitoral. Em CZS, por exemplo, PROGRESSISTA, PC do B e PT além de outros partidos vão comer farinha na mesma cuia. No olho do furacão Gladson, Márcio Bittar, Petecão, Flaviano, Rocha, Jorge Viana e Edvaldo Magalhães.
As coligações de agora, tendo como referência as últimas eleições quando a ordem era esmagar o PT e a esquerda, são verdadeiros balaios de gatos (e ratos) de outrora. Tem até casamento de porco-espinho com jacaré-açu. É para esquecer tudo o que foi dito do PT e da esquerda, do comunismo e do petismo. Afinal de contas, comunistas são os outros, por aqui todo mundo se conhece ou é parente. Na verdade, somos uma grande Sucupira, quem sabe Noca ou Mãe-Joana. A verdade é que a política está uma bagunça graças ao Congresso e o STF. Como diz a Luzia do Duda: “Dá é nojo”!
O PC do B dançou de tamancos?
A declaração do deputado Edvaldo Magalhães de que continuaria fazendo oposição ao governador Gladson Cameli na Assembleia Legislativa pode ter inviabilizado a permanência do PC do B na coligação com o PSB da prefeita Socorro Neri, em Rio Branco. A reação palaciana foi subestimada. Assessores do governador trataram de descartar os “comunas” da aliança acertado em um encontro entre César Messias, Jenilson Leite e Edvaldo Magalhães na manhã de ontem. Esquecem um detalhe: a eleição se dá em dois turnos. Minoru, Duarte e Bocalom agradeceriam publicamente a vinda dos camaradas. Além do mais, Perpétua e Edvaldo tem um cadinho de votos que pode fazer a diferença em uma eleição dura como essa, ou acham que é mole?
O vice do Minoru
O PSDB define nas próximas horas o vice do pré-candidato a prefeito de Rio Branco Minoru Kimpara. O nome ideal, do engenheiro Thiago Caetano, foi descartado quando o Partido Liberal juntou os trapos com o MDB, do pré-candidato Roberto Duarte. Resta aos tucanos um nome vindo do PSL ou construir uma chapa puro sangue, como se diz por aqui.
“Primeiro vem a comida, depois a moral”. (Da obra A Ópera dos Três Vinténs, de Bertold Brecht)
. Lá em Pato Branco tinha uma prefeita que pedia na cidade para que as pessoas não fossem comer num restaurante da cidade porque o dono não comungava da política dela, daí.
. Daí que um dia todo mundo ficou sabendo, mas o povo não ligava, achava muito mesquinho da parte dela fazer isso,
. O que foi que aconteceu depois, Bozena?
. Daí que eu não sei, daí, porque eu vim embora de Pato Branco, daí!
. Cale essa boca, Bozena!
. O senador Márcio Bittar (MDB) fez um desabafo à COLUNA ontem, anda injuriado com o que vem acontecendo na política do Acre, com os que não compreendem o jogo brutal das ideologias.
. O senador Sérgio Petecão é só alegria andando pelo Vale do Acre;
. Em Epitaciolândia apoia o Everton (PSL), em Brasiléia, Leila Galvão (MDB), em RB, Tião Bocalom e em Mâncio Lima, Isaac Lima, do PT.
. No dia em que as coligações majoritárias forem proibidas as coisas melhoram, até a corrupção diminui.
. Tem partido que quer dinheiro para apoiar o candidato de outra sigla.
. Tudo o que é semeado em uma eleição é colhido na outra!
. O PT, por exemplo, semeou ventania nas eleições de 2014 e 2016, colheu tempestade em 2018; não elegeu senador, deputado federal, reduziu a bancada estadual e foi expulso da prefeitura de RB.
. Um furacão categoria cinco, na verdade!
. Vai plantando!
. Bom dia!