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Escassez na pecuária se dá por exportações e remoção de bezerros do Acre, diz Sindicarnes

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Edmilson Ferreira
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O Sindicato das Indústrias de Frigoríficos e Matadouros do Estado do Acre (Sindicarnes) está contestando os dados divulgados pela Federação da Agricultura do Estado do Acre acerca da escassez de boi na região. Para o sindicato, há redução e não aumento no abate.


“Diferentemente do que foi alegado, o levantamento feito pelo IBGE no período de 2016 a 2020,demonstra que na verdade houve no período uma redução no abate de vacas. Saiu de um abate trimestral de 44.532 para 36.055 vacas”, diz o Sindicarnes em nota assinada pelo seu presidente, Aristides Junqueira.


Segundo a nota, a escassez de boi e o consequente aumento no preço da carne se dão por dois motivos: as exportações para a China e a suposta retirada de garrotes e bezerros do Acre para outros Estados, o que acarretou redução da oferta na região.

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Veja a nota do Sindicarnes na íntegra:


O Sindicato das Indústrias de Frigoríficos e Matadouros do Estado do Acre (Sindicarnes/AC) vem a público contestar os dados divulgados pela Federação da Agricultura do Estado do Acre na reportagem divulgada hoje pelo sitio do jornal do Ac24horas, que afirma que a escassez do boi no Estado se deve aos “muitos abates de vacas anos atrás, que, consequentemente, nasceram menos bezerros”. Diferentemente do que foi alegado, o levantamento feito pelo IBGE no período de 2016 a 2020, conforme pode ser visto no quadro abaixo, demonstrar que na verdade houve no período uma redução no abate de vacas, e não um aumento! Saindo de um abate trimestral de 44.532 para 36.055 vacas, ficando evidente que a Federação da Agricultura se equivocou quando prestou a informação do aumento de abate de vacas que causasse o desabastecimento, e consequentemente o aumento do preço da carne.


Na verdade, a culpa da escassez de animais para o abate se dá por 02 (dois) motivos.


O primeiro motivo decorre do aumento das exportações da carne bovina, em especial para a China, impactando na compra do gado junto ao produtor e no comércio local.


O segundo motivo, este, sim, mais importante e grave, é o fato de que os bezerros, garrotes e bois, nos últimos dois anos, foram retirados do Acre para outros estados da Federação, razão pela qual houve uma diminuição da oferta do produto no mercado local.


Sendo que a saída descontrolada dos animais do Estado do Acre, vem ocorrendo de forma irregular, inclusive com possível cometimento de crimes tributários, conforme matérias jornalísticas publicadas reinteradamente na imprensa acreana relatando a situação.


É certo que os abates diminuíram no último quadriênio (2016-2019), conforme dados do IDAF e IBGE. E, vale frisar novamente: o transporte irregular de semoventes para outros estados prejudica a indústria acreana, pois há perda da sua matéria-prima, que são o boi e a vaca.


Diante do exposto, o Sindicato das Indústrias de Frigoríficos e Matadouros do Estado do Acre (Sindicarnes/AC) acredita que prestando essas informações, demonstrar para toda sociedade acreana o que realmente está causando a escassez de animais para o abate, e ocasionando o aumento da carne bovina.


José Aristides Junqueira Franco Júnior
Representante do Sindicarnes/AC


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