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Estudantes brasileiros já estão entrando em Cobija para regularização acadêmica

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Raimari Cardoso

Mesmo com a fronteira ainda fechada, em razão da pandemia do novo coronavírus, acadêmicos brasileiros que cursam medicina em Cobija, capital do departamento de Pando, na Bolívia, já estão podendo ir ao país vizinho para regularizar suas situações junto às universidades da cidade boliviana.


A entrada exige um trâmite burocrático que passa pelo consulado boliviano, sediado em Epitaciolândia, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Setor de Imigração, na Polícia Federal, para que os alunos possam obter a autorização. Alguns, no entanto, estão adentrando no país clandestinamente.


A permissão para entrada dos alunos é restrita ao deslocamento até a universidade onde estudam para os procedimentos necessários e retorno ao lado brasileiro no prazo de duas horas. As aulas estão sendo ministradas por meio remoto e não há previsão para a retomada presencial das atividades.


As informações foram prestadas por duas estudantes brasileiras com quem a reportagem do ac24horas conversou. Elas pediram sigilo de suas identidades sob a justificativa de evitar problemas com as instituições educacionais. Nos relatos, são citadas algumas dificuldades enfrentadas pelos acadêmicos brasileiros em Cobija.


Uma das estudantes disse que os brasileiros que buscam uma formação acadêmica na Bolívia necessitam de mais apoio e acompanhamento das autoridades brasileiras. Ela mencionou situações em que os direitos dos alunos estrangeiros no país andino não são respeitados pelas universidades locais.


“O estudante brasileiro aqui em Cobija sempre é visto como se não tivesse direitos, o que está errado. Nós somos o coração das universidades daqui e muitas vezes falta apoio e suporte nas atividades, como merenda lanche e até papel, entre outras dificuldades”, afirmou.


As principais pendências que os estudantes brasileiros têm com as universidades são relacionadas a documentações obrigatórias para a efetivação das matrículas. Como a pandemia começou no período inicial das aulas, muitos alunos ficaram com pendências e outros trancaram o curso.


O departamento de Pando é um dos nove que compõem a Bolívia. Sua capital, Cobija, é separada das cidades brasileiras de Brasiléia e Epitaciolândia por pontes sobre o rio Acre e o igarapé Bahia. De acordo com consulado brasileiro na cidade boliviana, cerca de 1.500 brasileiros cursam medicina na Universidade Amazônica de Pando (UAP) e a Universidade Técnica Privada Cosmos (UNITEPC).


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