Foto: ac24horas.com/Sérgio Vale
Os números divulgados diariamente pelo Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), explicam o porquê de Rio Branco e vários outros municípios acreanos estarem envoltos em fumaça nas últimas semanas.
Os dados disponibilizados na noite desta segunda-feira, 31, colocam o Acre e alguns municípios acreanos na lista dos protagonistas do fogo no Brasil, dependendo dos períodos que são analisados.
O estado do Acre registrou 3.578 focos de queimadas durante o período de 1º a 31 de agosto deste ano, o que lhe rendeu a quarta colocação entre todas as unidades da federação. O número é 18% superior quando comparado ao mesmo período do ano passado.
Quando o período estudado é o de 1º de janeiro a 31 de agosto de 2020, o estado acreano passa a ser o 7º colocado no ranking das queimadas em todo o Brasil, com 4.044 focos detectados pelo Satélite de Referência AQUA Tarde.
Nas últimas 48 horas, o Acre ficou em 2° lugar entre os que mais queimaram. Foram 675 focos, o que representa exatos 16% do total registrado por todos os demais estados da federação.
Ainda no período das últimas 48 horas, o município acreano de Feijó foi o 1° colocado do Brasil, com 227 focos de queimadas. Em 4º lugar, Tarauacá, com 133 focos, também apareceu entre os 10 com mais registros em todo o país.
A situação das queimadas, somada ao alerta de seca severa do rio Acre, levou o governo a decretar emergência ambiental no estado. De janeiro a agosto, foram mais de 6 mil casos de doenças respiratórias, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesacre).
A decisão saiu depois de o Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma) apresentar os dados. O decreto deverá ser publicado no Diário Oficial desta terça, 1º de setembro.