Apesar de afirmado – numa publicação feitas nas redes sociais – que atuava como apoio técnico e não como farmacêutica na Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre), Poliana Moreira de Araújo acaba por ser desmentida por um documento da própria unidade de saúde onde trabalhava quando foi surpreendida pela Polícia Civil no dia 23 de julho, em Rio Branco.
Isso porque o referido documento da Fundhacre datado em 20 de julho, obtido com exclusividade pelo ac24horas neste sábado, 29, mostra a assinatura do gerente de Gestão de Pessoas, Adriano Sena Praxedes, afirmando que Poliana exercia sim, desde 31 de janeiro de 2019, a função de farmacêutica na unidade.
No documento, o gestor assegura que Poliana, como farmacêutica, estava na escala de julho, que foi assinada pela diretora administrava e pelo diretor executivo da Fundhacre.
A mulher é acusada de praticar exercício ilegal da profissão e depois da polêmica exposta na imprensa local usou as redes sociais nessa semana para se defender. No entanto, acaba de ser desmentida por um documento da unidade hospitalar. No texto que publicou por meio do Facebook, Poliana disse ainda que operava um “sistema onde várias outras pessoas que não são farmacêuticos operam também”.
Entenda o caso
Em operação coordenada pelo delegado Pedro Resende, com acompanhamento da fiscalização do Conselho Regional de Farmácia do Acre – CRF/AC, feita no dia 23 de julho, Poliana foi levada de dentro do setor de nefrologia da Fundhacre para a delegacia do Conjunto Tucumã.
O presidente do CRF no Acre, João Vitor Italiano Braz, contou que o Conselho constatou junto à faculdade que Poliana não concluiu o curso. Ela não possui o Registro Profissional expedido pela autarquia, que é obrigatório para o exercício da profissão nas redes pública e privada.
Nas redes sociais de Poliana, há fotos da festa de uma formatura, material que faz parte da investigação policial.