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Acre lança mais de R$ 6 milhões em multas por desmatamento

Bombeiro apaga focos de queimadas no Acre - Foto: Sérgio Vale
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Foto: ac24horas.com/Sérgio Vale


Numa operação que durou pouco mais de 20 dias em agosto, o governo do Acre conseguiu aplicar 158 autos de infração (multas, embargo) por desmatamento e outros crimes ambientais neste período de estiagem, totalizando no valor de R$ 6.324.966,30. A Operação Focus II ocorreu do dia 3 a 25 deste mês e também resultou em 6 notificações, apreensão de 84 m³ de madeira ilegal, 3 motosserras e em 87 propriedades fiscalizadas.


A Operação contemplou todas as regionais do Estado, com equipes formadas por 20 agentes ambientais do Imac e 51 Policiais Militares do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) e Pelotão Ambiental/6° BPM/Cruzeiro do Sul.

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Com isso, 11 autores acabaram sendo conduzidos à delegacia em flagrante. Entre as apreensões durante a Operação Focus II, estão: 1 arma de fogo; 1 animal silvestre; 2 caminhões por transporte ilegal de madeira; 1 camionete por transporte ilegal de madeira; 6 motosserras e 101.043³ metros cúbicos de madeira.


As equipes ainda lavraram 4 Termos Circunstanciados de Ocorrêcia (TCOs) no local das ocorrências e fizeram 89 vistorias de polígono de desmatamento. As ações ocorreram em meio a um estado crítico das queimadas. Em 2020, os municípios de maior criticidade do desmatamento são Feijó, Manoel Urbano, Rio Branco, Sena Madureira, Tarauacá, Xapuri e Brasileia. O Corpo de Bombeiros vem atendendo em média de 50 a 90 chamados por dia em relação aos incêndios neste período.


O número de ocorrências aumentou substancialmente em elação ao ano passado no Ace. De 1° de janeiro a 25 de agosto de 2019, foram registradas 2.648 ocorrências de incêndio, enquanto que no mesmo período desse ano foram 3.787.


O fator climático pode ser um grande favorecedor dos incêndios ambientais, mas a ação do homem continua sendo a principal para as queimadas de vegetações em pastos, terrenos baldios e outros. Com a umidade relativa do ar variando de 40% a 35%, a saúde também fica prejudicada neste período de seca.


Ao portal Agência de Notícias do Acre, o presidente do Imac disse que “o esforço integrado das equipes tem sido crucial no trabalho de campo. Os técnicos saem do Imac com todas as informações, mapas e dados espaciais. O Cigma tem feito um trabalho excelente”, afirmou André Hassem.


As ações estaduais de combate às queimadas nesse período crítico de seca serão reforçadas pela Força Nacional, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).


Além dos resultados, uma nota técnica sobre a situação crítica de seca no estado foi lançada e as instituições de fiscalização e combate aos crimes ambientais apresentaram as estratégias para conter o avanço das queimadas. A partir de agora, as missões vão contar com o apoio de instituições federais, a exemplo da Força Nacional.


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