Como resultado de uma auditoria do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte – DNIT, as duas empresas mineiras que atuaram durante 3 anos nas obras da BR-364 entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul, tiveram que refazer serviços em 410 km entre Sena Madureira e o Rio Liberdade no valor de R$ 40 milhões. O trabalho iniciado ainda em 2019 será concluído esta semana sem que as empresas recebam nada por isso. E o pagamento de parte da obra, que deveria ter sido feito pelo DNIT, segue retido até a conclusão do retrabalho.
A auditoria detectou em alguns pontos da rodovia a espessura de 15 centímetros, sendo que o mínimo permitido é de 18 centímetros . A maior parte do volume de retrabalhos foi na correção de afundamentos nas laterais da estrada, onde os ensaios de laboratório feitos no solo, durante a auditoria, apontaram insuficiência na camada que a empresa executou.
O superintendente do DNIT no Acre, Carlos Moraes, conta que parte do pagamento das empresas ficou retido, desde o ano passado, até a conclusão do retrabalho. “As empresas começaram ainda no ano passado, deram uma pausa no período chuvoso, para isso fizemos a retenção cautelar dos pagamentos, para garantir que eles voltariam, o que posteriormente foi substituído por garantia complementar e terminarão agora a ação sem receber nada por isso. A medida foi importante no sentido de evitar prejuízo de 40 milhões aos cofres públicos além de ser pedagógico para todos que contratarem com DNIT/AC saberem que qualidade é prioridade para nós, e será cobrado”, disse.
Atualmente 3 empresas atuam na manutenção de Rodovia entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul: duas do Acre, sendo uma de Rio Branco e outra de Mâncio Lima e uma construtora de Rondônia.