Um impasse entre o presidente Jair Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, forçou o adiamento do pacote econômico que o governo pretendia anunciar hoje. Bolsonaro gostaria de estender o auxílio emergencial até o final do ano, com valor reduzido, mas que chegasse a pelo menos R$ 300. A equipe econômica fez uma proposta de R$ 270.
As projeções da dívida pública em 2020 chegam a 100% do PIB e o desembolso com o auxílio já ultrapassou a conta de R$ 254 bilhões — são aproximadamente R$ 50 bi mensais. Guedes gostaria de acelerar a transição do auxílio para um novo programa, que substituirá o Bolsa Família e terá maior abrangência, batizado Renda Brasil. Mas também sobre isto há debate — o Renda Brasil custará, anualmente, R$ 20 bi a mais do que o Bolsa Família. Para compensar os gastos, o ministro gostaria de extinguir assistências que sua equipe considera ineficientes — caso do abono salarial, seguro-defeso e farmácia popular.
Tampouco foram definidos o perfil dos beneficiários do novo programa ou o número, fundamentais para o cálculo do valor mensal a ser distribuído.
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