O clima entre o governador Gladson Cameli e a deputada federal Mara Rocha (PSDB) já não era um dos melhores e quando a lista com supostos 30 cargos comissionados que seriam indicação dela ganhou as redes sociais e serão demitidos nos próximos dias, a situação ficou caótica.
Logo após ac24horas publicar a lista das indicações do ninho tucano, a parlamentar, que é irmã do vice-governador Major Rocha, tratou de enviar uma mensagem via whatsapp para o chefe do executivo pedindo para que ele “engula seus cargos”.
Na mensagem, ao qual ac24horas teve acesso, a deputada escreve “excelentíssimo” entre aspas, dando a entender que não respeita a autoridade de Cameli e pediu para que o governador pare de fazer “picuinhas” e que “isso não é papel de um governador”. Ela negou ainda que os nomes contidos na lista sejam seus.
“Seu governo é fraco, um fiasco e não mostrou a que veio. As pessoas estão morrendo sem medicamentos, atendimento e estão jogadas nos hospitais. Seu sorriso falso e seus discursos vazios não vão enganar a população por muito tempo. Vai cumprir o papel para o qual o você foi eleito. Um estado não é brinquedo de menino rico para você brincar de reizinho”, escreveu a deputada ao governador.
Indignado, Cameli teria perdido a compostura é chamado a Mara de “babaca” e “mal amada” e ainda perguntou quanto ele devia a ela. Em um áudio enviado a deputada, Cameli a classificou como “politiqueira” e a conversa parou com ambos visualizando as mensagens e ficando em silêncio.
O ac24horas apurou que os cargos comissionados que variam de CEC 1 a CEC 7 e até mesmo chefe de departamento deverão ser exonerados após as convenções partidárias até 16 de setembro e deve causar o racha definitivo entre o grupo de Mara Rocha com o do governador Gladson Cameli.
Nesta semana, durante reunião com parlamentares, a lista que foi divulgada nos grupos de whatsapp e o governador teria dito que Mara não seria mais sua aliada. A reportagem apurou que os deputados tucanos Luiz Gonzaga e Cadmiel Bonfim estavam no encontro e tentando apaziguar a situação, afirmaram que as indicações seriam deles e não da parlamentar.
Esse cenário de guerra entre o governador e a deputada pode influenciar no tensionamento de uma reunião que está marcada para ocorrer em São Paulo entre Rocha e Cameli. A ideia é que nessa conversa ocorre um novo pacto, mas diante das últimas informações, as intenções de paz podem ficar ameaçadas.
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