Tarauacá foi um dos 10 municípios do Brasil com mais registros de queimadas nas últimas 48 horas, segundo o Inpe
O Acre foi o sexto estado do Brasil em número de focos de queimadas nos três primeiros dias do mês de agosto deste ano – 183 no total. Considerando apenas as últimas 48 horas, o Satélite de Referência – AQUA Tarde identificou 142 registros no estado, o quinto maior volume, atrás de Amazonas, Pará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Se considerado o período anual, de 1º de janeiro a 3 de agosto, o estado acreano é o 17º entre todas as unidades da Federação em número de queimadas, com 649 focos registrados. Os municípios de Tarauacá, Feijó e Cruzeiro do Sul foram os que apresentaram o maior número de focos acumulados no período.
O município de Tarauacá, com 47 focos detectados pelo satélite de referência, apareceu entre os 10 municípios do Brasil com mais ocorrências de queimadas nas últimas 48 horas, de acordo com os dados divulgados na noite desta segunda-feira, 3, pelo Programa Queimadas, do Instituto de Pesquisas Espaciais – Inpe.
Apesar da elevação dos números anotados pelo Acre nos três primeiros dias de agosto, a quantidade de queimadas detectadas desde o começo do ano até 3 de agosto é menor do que a registrada no mesmo período do ano passado, quando o estado acumulou 789 focos, 17% a mais do que agora.
Risco de Fogo
Agosto é, naturalmente, um mês crítico em razão da estiagem e dos baixos níveis de umidade relativa do ar. No ano passado, o governador Gladson Cameli decretou estado de emergência no Acre no dia 23 de agosto por conta das queimadas e dos fatores climáticos que agravavam a situação.
O relatório do Monitoramento de Queimadas e Qualidade do Ar, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), divulgado nesta segunda-feira, 3, mostrou dados do acumulado de chuva do início do mês de agosto (01/08/2020 – 00h00m) até (03/08/2020 – 10h00min), mas não houve registro de precipitação acumulada.
O mesmo relatório previu risco de fogo Alto e Crítico com maior abrangência nas regionais do Alto Acre, Baixo Acre, Purus e Tarauacá/Envira, assim como em pontos isolados do oeste acreano. O princípio do Risco de Fogo, segundo o Inpe, é de que quanto mais dias seguidos sem chuva, maior o risco de queima da vegetação.