A tabela anual comparativa de regiões especiais do Brasil, do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), demonstra que o acumulado de focos de queimadas na Amazônia Legal, do início do ano (01/01/2020) até ontem (31/07/2020), foi 4% menor que o registrado no mesmo período do ano passado.
Neste ano, foram registrados 24.189 focos de queimadas na Amazônia Legal, dos quais 37,9% no estado do Mato Grosso (9.176); 15,2%% no Pará (3.656); e 14,3% em Tocantins (3.479). O Acre ocupa o 8° lugar no ranking (1,9%), com 466 focos de queimadas. Em 2019, foram registrados 25.209 focos detectados em 2019, segundo o Satélite de Referência AQUA Tarde.
Com relação ao período de 1º de janeiro a 31 de julho do ano passado, neste ano o Acre teve um aumento de 24% no número de focos de queimadas – 466 contra 375. Nos últimos 7 anos, a quantidade de registros de 2020 é menor apenas do que a dos anos de 2016 (728) e 2018 (444). Estes, inclusive, são os maiores registros desde o ano de 1998.
Os municípios de Tarauacá, Cruzeiro do Sul e Feijó foram os que apresentaram o maior número de focos acumulados no período. Os municípios de Rodrigues Alves, Capixaba e Brasiléia registraram o maior número de focos por km² em seus territórios, ou seja, maior densidade de ocorrência em relação aos demais municípios.
Ainda segundo o Satélite de Referência AQUA Tarde, a Reserva Extrativista Chico Mendes, que abrange áreas pertencentes a 7 municípios acreanos, é a Unidade de Conservação mais afetada no Acre por focos de queimadas em 2020.