O ex-deputado estadual e atual Secretário Adjunto de Educação, Cultura e Esporte (SEE), Moisés Diniz, usou o seu Facebook, nesta quarta-feira, 29, para emitir sua opinião acerca da contratação do goleiro Bruno Fernandes condenado em 2010 por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver de sua ex-companheira Eliza Samúdio.
O ex-comunista afirmou que mesmo durante três décadas militando no PCdoB sempre foi um conservador em questões como: aborto e liberação das drogas. Segundo ele, a contratação de Bruno saiu da normalidade.
“Não é um debate feminista. Não é um assunto que diz respeito apenas às mulheres. Quem usa o argumento que seja, para defender a sua contratação por um time acreano, perdeu as suas referências básicas de como deve se portar uma sociedade moderna e democrática”, pontuou.
Moisés Diniz afirmou que a contratação de Bruno pode fazer estragos no imaginário de nossas crianças e adolescentes.
“Uma sociedade moderna não exige pena de morte para casos como o de Bruno Fernandes de Souza, mas, não pode permitir que ele ocupe espaço de ídolo, especialmente num lugar onde as massas se aproximam de um fanatismo branco, o futebol”, afirmou.
O ex-deputado conclui que se o Brasil tivesse leis mais sérias Bruno deveria ter sido condenado à prisão perpétua.
“Na verdade, se o Brasil fosse um país de vergonha, esse goleiro seria condenado à prisão perpétua. Mas, os constituintes de 88 proibiram esse tipo de prisão”, ponderou.
“De verdade, hoje eu estou sentindo vergonha de ser acreano. Um país tão grande e esse goleiro vem pra cá? Que tristeza. Como se dissessem: no Acre pode. Que vergonha!”, encerrou.
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