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Todos no mesmo balaio de gato

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Balaio de Gatos ao molho de problemas, sem direito a sobremesa. Assim é o prato servido pelos caciques que estão no poder que se elegeram há dois anos atrás com ideias de mudanças.


Bom apetite para quem tem estomago de avestruz.

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Porque tudo é servido nesse cardápio de modo a ensandecer a militância que balançou a bandeira de sol a sol acreditando na ideia de que todos estavam mesmo “unidos pelo Acre”.


O pensador mais emblemático dessa corrente, por maior profundidade teórica ou influência prática jamais imaginaria que em plena gestão, o governador Gladson Cameli emplacasse apoio político a reeleição da prefeita Socorro Neri, do PSB, tornando as linhas divisórias entre esquerda e direita bem menos nítida.


Seria o novo normal na política?

Sim, por que a emblemática união entre Gladson Cameli e Socorro Neri ocorreu durante o enfrentamento a pandemia que vitimou centenas de entes queridos e atingiu milhares de acreanos.


Cameli diz que aprendeu a confiar em Socorro Neri após sua renuncia pelo poder. Argumenta que o perfil da prefeita de Rio Branco, assemelha-se a sua forma de governar onde o seu partido é o “povo”. Sem forma republicana – uma característica sua – ele dá atestados de incompetência aos aliados.


Surfando na onda do populismo que o firmou como um líder carismático durante a pandemia, Gladson Cameli abandona todos protocolos político-partidário para uma aliança que se confronta com os que o ajudaram a chegar no degrau mais alto do poder.


Prefiguração do novo ou do velho, a decisão de Cameli teve impactos tão grandes na sucessão municipal, que a ideia de partido, partiu-se ao meio.


A esposa do senador Sérgio Petecão, Marfisa Galvão, foi para as ruas no final de semana em pré-campanha ao lado de Tião Bocalom. Horas depois teve seu nome, negociado na mesa do PSDB e do PSL.


É como se o piloto da nave tivesse sumido. Quem anoitece pré-candidato hoje pode não amanhecer com o mesmo status no dia seguinte. Nada de novo, tudo velho.



Embebedados pelo poder, se tivéssemos como ilustrar essa história, traríamos para esse cartesiano movimento político a cisma entre judeus e cristãos. Um pastor comandando a crise interna do partido progressistas; os aliados tentando se aproveitar da confusão. Argumentos inconsistentes e carentes de lógica confrontados com biografias pessoais. Cada um do tamanho do seu ego e a sorte está lançada.

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Em verdade, vos digo, nesse balaio de gatos vivemos, por certo, uma crise de autoridade político-partidária com prejuízos enormes para quem lutou 20 anos para chegar ao poder.


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