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Família “sequestra” corpo de vítima da Covid-19 no Acre para sepultar no Amazonas

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Uma cena inusitada aconteceu na noite dessa segunda feira, 20, em Cruzeiro do Sul. Por volta das 23 horas, o corpo de um homem que morreu vítima de Covid-19 era levado do Hospital de Campanha para a ala Covid do cemitério Morada da Paz, na cidade. Porém, o carro da funerária Caminho de Luz foi interceptado pela família da vítima, que levou o caixão para sepultamento em Guajará, no Amazonas, distante cerca de 20 quilômetros de Cruzeiro do Sul, onde ele morava.


O gerente da funerária, Platini Ferreira, que dirigia o veículo com o caixão, conta que cerca de 8 carros “fecharam” seu veículo na estrada, próximo a empresa Água Mineral e levaram o corpo. “Foi rápido e parecia um assalto. Nunca imaginei que viveria uma cena daquela na minha vida”, disse ao ac24horas.

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O traslado de corpos de vítimas de Covid-19 que morrem no Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, é proibido pelo Ministério Público do Acre, que segue orientação da Agência Nacional de Vigilância (Anvisa). O enterro deve ser feito em Cruzeiro logo depois da morte. A regra vale desde Feijó à Marechal Thaumaturgo àqueles que morrem em Cruzeiro do Sul.



O caso

Platini conta que a família do homem falecido foi até a funerária que ele gerencia querendo levar o corpo para cidade amazonense de Guajará. Ele afirmou que não poderia fazer isso, que era proibido por ordem sanitária decorrente da pandemia, mas que mesmo assim a família insistiu muito. Em determinado momento, segundo ele, os familiares demonstraram ter se conformado com o sepultamento em Cruzeiro do Sul. Mas, em seguida, no caminho do cemitério, roubaram o corpo. “Eles não podiam tirar o corpo lá do Hospital, então esperaram eu pegar e em seguida agiram”, conta.


Para se resguardar, Platini havia avisado à Polícia Militar, via 190, sobre o que estava acontecendo ainda na funerária. Mas quando a Polícia Militar chegou à funerária, todos já haviam saído do local. Depois que o corpo foi levado, ele ligou novamente para a polícia informando sobre o fato. “Caso a Vigilância Sanitária me acione, provo que avisei a polícia antes e depois do fato. E as câmeras de segurança da Água Mineral devem ter filmado toda a ação de sequestro do corpo”, concluiu.


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