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Diocese de Rio Branco se posiciona contra reabertura da igreja mesmo com mudança para faixa laranja

Por
Thais Farias

A saída da fase de emergência para situação de alerta divulgada pelo governo do Acre nesta segunda-feira, 20, não fez a Diocese de Rio Branco mudar de opinião com relação à necessidade de fechamento dos templos religiosos em meio à possibilidade de contaminação pelo coronavírus. Pouco depois de o comitê de enfrentamento da Covid-19 relatar que todos os municípios acreanos agora fazem parte da bandeira laranja, a Diocese emitiu uma nota nesta segunda-feira, 20, alertando para os possíveis perigos que a reabertura das igrejas pode trazer ao estado neste momento.


“Desde o dia 18 de março de 2020, antes mesmo do primeiro decreto do Governo do Estado, tomamos a difícil decisão de manter as nossas igrejas fechadas. Desde então, submetemo-nos às decisões do Governo, no que se refere às medidas para enfrentamento da pandemia, sem criar mecanismos para driblar a lei e, procuramos seguir todas as orientações das autoridades sanitárias”, diz a Igreja Católica, que soma mais de 51% da população do Acre sendo que desse total, mais da metade reside no território da Diocese de Rio Branco, abrangendo Rio Branco e mais 13 municípios, além de Boca do Acre, no Amazonas, e os distritos de Extrema e Califórnia, em Rondônia.


Conforme a Diocese, em nenhum momento ela pressionou o Governo ou as prefeituras, para acelerar o processo de reabertura das igrejas, “porque acreditamos que ainda não é o momento para isso. Ademais, o “efeito sanfona” de abrir e depois ter que fechar, poderá trazer perdas irreversíveis para o nosso povo”, salienta.


A Diocese alerta que nos quatro meses de pandemia no Acre, viu-se o crescimento dos casos de contaminação pela doença, além de perder muitas vidas, entre elas muitos agentes de pastoral de nossas comunidades. “Temos convivido diariamente com as incertezas e estamos todos cansados e ansiosos. Não ignoramos a grave crise econômica que acompanha a crise sanitária, tampouco estamos imunes a ela. Porém, precisamos ser prudentes e sábios, para não nos deixarmos ser conduzidos por outros interesses, pois nosso interesse principal sempre será a defesa da vida acima de tudo”, explica.


A Igreja Católica ressalta que reconhece o esforço das autoridades e confia na capacidade técnica dos profissionais envolvidos no enfrentamento da pandemia, que “dirão a hora mais segura para darmos o passo de reabertura das nossas igrejas. Enquanto isso, vamos nos reinventando para manter vivas a fé e a esperança do nosso povo, sem, contudo, colocar em risco as suas vidas”, conclui.


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Thais Farias

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