A servidora pública Raimunda Moreira Mota trabalha na recepção da URAP Ary Rodrigues, localizada no bairro 06 de Agosto, e tira plantões na UPA da Cidade do Povo.
No dia 12 de junho, Raimunda começou a se sentir mal, com sintomas da Covid-19. Imediatamente se afastou do trabalho. O exame deu positivo para doença. A servidora conta que ficou 18 dias afastada do trabalho, até o dia 30 do mês passado. Como não estava sentindo mais nada, resolveu voltar a trabalho por conta própria no dia 1º de julho. Ocorre que após trabalhar por três dias, a servidora voltou a sentir os sintomas da doença, o que leva a crer que ainda não estava curada da Covid-19.
Fato comprovado pela gestora da URAP Ary Rodrigues, Graça Lopes. “Essa servidora realmente está com Covid. Ela ficou inicialmente afastada, depois teria recebido alta e voltou mesmo a trabalhar na quarta-feira da semana passada. No final de semana ela teve piora. Ficou na segunda feira em casa e foi na Unidade para ser consultada pela médica nesta terça, onde na oportunidade, a médica deu mais 10 dias de atestado médico. Ela foi para casa e só deve voltar depois do dia 17 de julho”.
Questionada se para ser aceita de volta ao trabalho, a servidora teria apresentado alta médica, a gestora diz que não foi mostrado nenhum documento. “Eu, infelizmente acreditei na palavra da servidora. Jamais colocaria a vida da minha equipe e a minha própria em risco por irresponsabilidade”, afirma Graça.
Situação semelhante ocorreu também na UPA da Cidade do Povo, onde o diretor administrativo Calixto Ferreira admite que a servidora não apresentou nenhuma alta médica que permitisse a volta ao trabalho. No caso da UPA, Raimunda trabalhou apenas parte de um plantão, já que por não está se sentindo bem, foi medicada e mandada para casa.
A reportagem do ac24horas conversou com a servidora pública. Raimunda Mota diz que como tinha passado 18 dias afastada do trabalho e não estava com mais nenhum sintoma voltou a trabalhar, mesmo não tendo saído o resultado de um segundo teste que voltou a confirmar a doença.
“Eu tenho 52 anos e jamais iria querer prejudicar alguém. Eu voltei porque não estava com nenhum sintoma, não sabia que precisava passar por um médico e ter algum documento para apresentar. De maneira nenhuma eu faria isso. Minha chefe perguntou e eu disse que não tava sentindo mais nada, o que era verdade”, afirma.
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