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Cruzeiro do Sul comprou menos testes rápidos do que deveria, diz servidora da Saúde

Por
Sandra Assunção

Das cinco cidades do Vale do Juruá, só Marechal Thaumaturgo atualmente tem testes rápidos de Covid-19 comprados pelo próprio município . Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves e Porto Walter aguardam remessas dos governos federal e estadual. Mâncio Lima contratou laboratório particular para a realização dos exames. Em Cruzeiro do Sul, que não tem teste na rede pública desde o início de junho, a população só sabe se contraiu a doença se pagar entre R$ 150 e R$ 320 em um dos dois laboratórios particulares da cidade.


Uma servidora da secretaria de Saúde do município, que pediu para não ser identificada, diz que a Covid-19 foi tratada ” como uma gripezinha” pela secretaria municipal, que teria errado nos cálculos para a compra emergencial em abril . “A compra emergencial foi de apenas R$ 370 mil. Só 2.500 testes. Ela comprou para uma rua e não para uma cidade de mais de 80 mil pessoas. O problema é que no emergencial você só compra uma vez e não pode mais. Agora estão tentando se virar com o jurídico para licitar “, contou a servidora.


A secretária municipal de saúde de Cruzeiro do Sul, Juliana Pereira, nega o erro de cálculos na compra de testes. “O município recebeu cinco remessas de teste rápido do Ministério da Saúde e realizou uma compra de 2.500 testes no valor de R$ 392 mil com recurso do município, que não tem nada a ver com compra de R$ 370” , explica a secretária, lembrando que espera ainda m ais cinco remessas do Ministério da Saúde e também a compra do Estado.


Mâncio Lima fez convênio com laboratório particular

Na falta de testes, a secretaria de Saúde de Mâncio Lima, optou por contratar o serviço de um laboratório particular de Cruzeiro do Sul para seguir testando gratuitamente a população. O laboratório faz a coleta de sangue em Mâncio Lima e entrega o resultado também na cidade, no mesmo dia, na unidade de saúde Raimundo Reginaldo de Almeida, referência para o coronavírus na cidade.


A secretária de Saúde de Mâncio Lima, Joice Gonçalves, explica que contrato com o laboratório é para a realização de 500 testes dos quais cerca de 200 já foram realizados. Para baixar o valor dos testes, a saída, de acordo com Joice, foi usar os insumos do laboratório e a mão de obra da saúde local. O teste só é feito a partir do décimo dia de sintoma de Covid-19.


Agora, segundo Joice, uma licitação está em curso para que a realização de testes tenha continuidade. “A contratação e agora a licitação foram feitas para que a gente não pare de ter esse importante acompanhamento dos casos e garanta o tratamento dos pacientes”, conclui a secretária .


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Sandra Assunção