Os motoboys do Centro de Referência de Medicamentos Especiais (Creme) atravessam a cidade, circulam em todos os bairros e nada é empecilho para que eles entreguem os medicamentos especializados a quem precisa.
Todos os dias um deles chega à casa de alguém, bate palmas, identifica-se e realiza a entrega para as pessoas que fazem tratamento domiciliar.
Na sexta-feira, 26, Maria Adelaide de Lima, mãe da paciente Maria Elsília, de 30 anos, que desde pequena tem diabetes do tipo 1, recebeu a visita do entregador com os medicamentos essenciais para o tratamento da filha.
Quando os parentes precisavam se deslocar até o Creme para pegar a medicação, muitas vezes os pacientes, como Maria Elsília, ficavam sozinhos. Com essa facilidade, Adelaide não precisa mais ir até a unidade.
O Creme realiza o cadastro dos pacientes e o controle das medicações, que são monitoradas, inclusive, com um fluxo mensal de entrega, para que não faltem.
Seguindo os protocolos
Seguindo os protocolos e medidas de prevenção ao coronavírus, o Creme precisou reduzir os atendimentos presenciais, para a segurança dos profissionais e dos pacientes que procuram a unidade. Essa é mais uma adequação que a Saúde do Acre realizou em meio à pandemia, em que todos os setores da sociedade tiveram que se adaptar à nova realidade, criando estratégias para continuar desempenhando os seus papéis.
“O medicamento entregue em casa é para a segurança deles, é uma medida de prevenção e cuidado com os pacientes”, destacou a gerente da Divisão de Material Médico-Hospitalar, da Assistência Farmacêutica, Rossana Freitas.
O Creme lida com a distribuição de medicamentos especializados, ou seja, são remédios que causam uma reação forte no paciente, por isso existe todo o protocolo a ser seguido, para a segurança do paciente.
Adequação à realidade
Número de Whatsapp, mais uma linha telefônica e reorganização das funções foram algumas das medidas adotadas pelos funcionários do Creme para atender aos seus usuários.
“Quando nós lançamos o programa, tivemos que nos adequar, colocamos outra linha telefônica, compramos um chip para Whatsapp, distribuímos novas atribuições dentro do Creme”, elencou Rossana Freitas.
“Nós criamos um grupo para transplantados, por exemplo, para ficarmos informados e poder ajudá-los nessa nova realidade. Então são várias as estratégias que criamos e adotamos no dia a dia”, salienta a coordenadora.
Flávio Câmara de Araújo, de 73 anos, há três passou por um transplante de fígado e, desde então, faz uso de medicações como Tracolimo. Na manhã, desta sexta-feira, 26, ele também recebeu em sua residência o remédio.
“Eu não posso sair de casa, pois faço parte do grupo de risco. Então eu evito pegar ônibus, por causa dessa doença. Minha filha também me leva, mas não pode levar toda hora. Por isso, eu agradeço ao Governo do Estado por estar fazendo isso pela gente”, registra Flávio.
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