A enfermeira e médica, Jaqueline Lopes, procurou o ac24horas aos prantos na manhã desta quinta-feira, 25, para relatar uma situação nada agradável envolvendo a mãe Francineide da Silva Lopes, 72 anos, que contraiu Covid-19.
Ela conta que a mãe deu entrada no Hospital das Clínicas Raimundo Chaar na segunda-feira, 22, e que na madrugada de terça-feira, 23, precisou ser entubada devido a uma piora no estado de saúde, tendo sido transferida imediatamente para Rio Branco.
“Quando foi na madrugada ela teve que ser entubada e logo de manhã na terça me falaram que ela precisaria ser encaminhada para um leito de UTI em Rio Branco. Procurei a equipe do hospital, que conseguiu o leito no Into, por volta das 10h, da manhã de terça em Rio Branco. Logo após, fui fazer o exame com os meus familiares para saber se tínhamos contraído covid, já que a mãe tinha contraído. Quando voltei ao Hospital Raimundo Chaar, para saber mais informações do estado da minha mãe, fui destratada por um enfermeiro de lá, expulsa aos gritos. É muito difícil essa situação, nós (acompanhantes) não recebemos um pingo de respeito, somos expulsos e eles ocultam informações sobre o paradeiro de nossos parentes”, afirmou.
A enfermeira conta ainda que a sua mãe teve que esperar até às 16 horas para conseguir ser transferida para a Capital.
“Nem nesse momento difícil, recebemos um tratamento digno. O motorista do Samu me expulsou de perto da ambulância por causa de medo. Meu Deus! Onde que a gente vai parar? As pessoas vão continuar morrendo sendo destratada! Não tem respeito nenhum pela vida humana, minha mãe que tava quase morrendo, e eu nem sei se ela vai sobreviver. E eu ainda sou funcionária do Hospital Raimundo Chaar e fui expulsa e destratada lá. Eu vou dar parte e denunciar no Ministério Público e Delegacia”, declarou.