O novo coronavírus avançou em alta velocidade no Acre, saindo de um território de 4,5% do Estado no dia 28 de março para 95% dos municípios dois meses depois, em 28 de maio.
O dado consta de um estudo da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) elaborado para justificar a não realização das eleições em 2020. A CNM quer adiar o pleito para 2021 alegando que a emergência sanitária pode se agravar com as aglomerações e gastos típicos das campanhas eleitorais.
Até o dia 28/3 apenas um município, Rio Branco, apresentava, no Acre, casos confirmados da Covid-19. Sessenta dias depois, com exceção de Jordão, o resto do Estado estava infectado.
Atualmente, 100% do Acre tem casos da doença.
O estudo da CNM diz o seguinte sobre o cenário pandêmico no País: “Projeção do Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME)2 da University of Washington indica um cenário de 165.960 óbitos por Covid-19 até início de agosto. Essa projeção pode variar entre 113.673 e 253.131 vítimas”.
No começo de junho a curva de contágio do Acre parecia entrar em um platô e distanciar-se das projeções. De fato, segundo o Painel Covid19BR, da Universidade Federal da Bahia, o Acre se distanciou da curva de predição em pelo menos 2,5 mil casos, mas não consegue entrar em platô e consecutivamente adotar uma tendência de queda.
O estudo da CNM pode ser acessado aqui: https://www.cnm.org.br/cms/biblioteca/PANORAMA-CNM-SOBRE-AS-ELEICOES-2020.pdf
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