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Documentos comprovam que PCC financiava atuação do Bonde dos 13 e Ifara no Acre

Por
Thais Farias

Após os trabalhos da Operação Ghidorah, desencadeada nesta terça-feira, 23, em pelo menos cinco cidades acreanas, a Polícia Militar do Acre e o Ministério Público do Estado (MPAC) realizaram uma coletiva de imprensa para dar detalhes da operação que cumpriu 20 mandados judiciais de busca e apreensão. Uma investigação que durou cerca de cinco meses descobriu que o Primeiro Comando da Capital (PCC), maior organização criminosa do Brasil proveniente de São Paulo, enviava recursos financeiros para manutenção das facções Bonde dos 13 e Ifara no Acre.


Conforme os investigadores, o cumprimento dos mandados ocorreu principalmente na Região do Juruá. Um trabalho de cooperação conseguiu desmembrar lideranças do crime organizado no Acre e desfazer articulações entre membros de facções atuantes no Estado com o PCC. “Compartilhamento de provas relacionadas a uma prisão ocorrida em Guarulhos (SP) mostram planilhas de financiamento e ajuda a membros de organizações no Acre. ajuda financeira do PCC a integrantes do Bonde dos 13 e Ifara”, explicaram o comandante da PM, coronel Ulysses Araújo e o promotor Bernardo Albano, coordenador adjunto do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).


A investigação aponta que essas organizações criminosas recebiam dinheiro do PCC para manter as atuações criminosas no Acre. “Conseguimos desarticular integrantes que eram conselheiros do Ifara, lideranças do Bonde dos 13 e integrantes que possuíam funções de gerenciadores do PCC no Estado”. De acordo com a polícia e o Gaeco, alguns membros tinham atribuição de gerenciar essa relação no Estado. “Inclusive a autoria de um crime de homicídio ocorrido no Belo Jardim já foi identificada e presa ao longo dessa operação”.


O Ministério Público e a Polícia Militar garantem que o resultado da operação foi excelente. As buscas e apreensões ocorreram em Rio Branco, Rodrigues Alves, Feijó, Tarauacá e Senador Guiomard. “Tivemos prisões em flagrante em Tarauacá por tráfico de entorpecentes”, disse o promotor. As facções aliadas objetos da Operação Ghidorah são voltadas ao tráfico de droga. No final do mês de março, O MP e a PM assinaram termo de cooperação para apoio nas operações de combate ao crime organizado e o mesmo resultou nesta primeira ação, a Operação Ghidorah.


Todo o material aprendido vai ser analisando e a investigação vai ser aprofundar, com objetivo de encontrar outros integrantes das organizações citadas. Ao todo, foram cumpridos 10 mandados de prisão e dez de busca e apreensão. Para os investigadores, o operação foi um sucesso, com 90% de resultado positivo.


O nome da Operação faz referência a uma figura da mitologia japonesa, representada por um dragão de três cabeças, e foi escolhido porque visa atingir o núcleo de três facções aliadas.


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Thais Farias

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