A pedagoga Yuna Gagarin Freitas de Oliveira Pontes, 28 anos, divulgou um vídeo no Whatsapp, afirmando que não foi agredida pelo marido, o vereador Rogério Pontes, do PROS, presidente da Câmara Municipal de Brasiléia, preso em flagrante na noite do último sábado, 13, em razão de uma denúncia de violência doméstica feita por ela mesma.
Após a prisão do vereador, Yuna representou contra ele por lesão corporal, no âmbito das relações domésticas, mas retornou à delegacia no dia seguinte para retirar a representação. Mesmo assim, o flagrante foi lavrado e encaminhado à Justiça pelo delegado Luís Tonini. Como não existe a possibilidade de renúncia de representação em sede policial, ela foi orientada a fazer isso na fase judicial do processo, caso desejasse.
No vídeo, a esposa do vereador diz que o que ocorreu na noite dos fatos foi apenas uma “discussão de marido e mulher” por conta de um som alto. Ela alega que as redes sociais estão alardeando coisas que não aconteceram. Yuna também reforçou que a decisão de divulgar o vídeo foi tomada de maneira espontânea, deixando claro que ela não foi forçada a nada.
“Eu quero dizer que eu estou muito bem com o Rogério, que eu e a minha filha estamos muito bem, a nossa família está muito bem, graças a Deus, e eu quero agradecer a preocupação das pessoas que mandaram mensagem para saber a respeito da minha gravidez. Não aconteceu nada que pudesse ofender a minha saúde e a da minha filha”, explicou ela na gravação.
Ao delegado Tonini, em seu depoimento, a mulher afirmou que o marido a teria agredido fisicamente, aplicando-lhe um soco no queixo e derrubando-a com uma “rasteira. Ela também disse que Rogério é reincidente em agredi-la fisicamente, tendo outro episódio semelhante ocorrido em 2017, quando, depois de denunciá-lo, desistiu do processo em uma audiência judicial.
Em seu depoimento ao delegado, Rogério Pontes negou que tenha agredido a esposa. Ele afirmou que está sendo injustiçado e que tem uma relação conturbada com a mulher por conta de ciúmes. O vereador disse ainda que Yuna rasgou a própria roupa como maneira de simular as agressões. Após ter tido a prisão decretada, ele foi posto em liberdade provisória depois de pagar fiança arbitrada pelo delegado no valor de R$ 5 mil.
Ao ser procurado pelo ac24horas, na última terça-feira, 17, Pontes reafirmou “que não praticou agressões contra a sua esposa, que no âmbito familiar o problema já havia sido resolvido e que eles seguiam cuidando dos filhos”. O vereador afirmou ainda que o momento era muito difícil para eles, argumentando que erros acontecem e garantindo que a sua conduta não é a de quem espanca a mãe de seus filhos.
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